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Economia

- Publicada em 12 de Abril de 2019 às 03:00

Lucro dos bancos em 2018 foi o maior da história

Consumidor está mais atento ao pagamento da fatura do cartão

Consumidor está mais atento ao pagamento da fatura do cartão


/MARCO QUINTANA/JC
O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Paulo Souza, afirmou nesta quinta-feira que o lucro líquido registrado pelos bancos ao fim de 2018, de R$ 98,5 bilhões, foi o maior da história, em termos nominais. O montante corresponde a um aumento de 17,40% em relação ao verificado em 2017.

O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Paulo Souza, afirmou nesta quinta-feira que o lucro líquido registrado pelos bancos ao fim de 2018, de R$ 98,5 bilhões, foi o maior da história, em termos nominais. O montante corresponde a um aumento de 17,40% em relação ao verificado em 2017.

O BC divulgou nesta quinta-feira o Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre de 2018. Souza pontuou que o BC sempre acompanhou o lucro dos bancos, mas, como houve mudanças monetárias ao longo do tempo, é possível afirmar, para fins de comparação, que o resultado do ano passado é o maior desde a adoção do real, em 1994.

Segundo o diretor, o principal fator para o aumento do lucro líquido das instituições financeiras foi a redução, em cerca de R$ 20 bilhões, das despesas com provisões em 2018, em relação ao ano anterior. Ele afirmou ainda que as instituições somam hoje patrimônio líquido total de R$ 800 bilhões. "É o maior nível de capitalização desde 1994, em termos nominais", disse.

Os dados do BC mostraram que o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) dos bancos atingiu 14,8% ao ano em 2018. O percentual é o maior em sete anos, desde 2011. De acordo com o diretor, apesar de a rentabilidade ter crescido nos últimos anos, para perto dos 15%, não existe hoje muito mais espaço para ela continuar aumentando.

Souza afirma que a estabilização ocorre porque o sistema ainda precisa passar por uma melhora de garantias. "A instituição não consegue ampliar as concessões de crédito sem melhorar as garantias", disse. "Com garantias melhores, aí sim você consegue reduzir mais as provisões. Mas isso vai demorar uns dois anos ainda (para acontecer)", afirmou, em referência ao efeito de medidas estruturais já tomadas pelo BC, como a adoção das duplicatas eletrônicas.

No Brasil, de cada R$ 1,00 que não é pago, ocorre recuperação de apenas R$ 0,13 pelos bancos. "Em outros países, chega a ser R$ 0,75. E essa é uma realidade histórica que não vai ser mudada sem um arcabouço jurídico."

Apesar de os bancos terem uma rentabilidade próxima de 15% no Brasil, Souza afirmou que o sistema financeiro do País não é nem o mais rentável, nem o menos rentável. "Está na média", disse. "No bloco de países emergentes, a rentabilidade do Brasil está bem próximo da média."

O relatório mostra também que os consumidores estão mais atentos ao pagamento da fatura do cartão de crédito na data do vencimento. Em dezembro de 2018, a taxa média de pagamento da fatura do cartão de crédito chegou a 79%. Em junho do ano passado, essa média estava em 77%.

"O aumento da taxa média de pagamento da fatura continuou a ocorrer ao longo do segundo semestre de 2018. Verifica-se que o patamar médio de pagamento da fatura continua superior ao vigente previamente à proibição de permanência de saldos no rotativo em prazos superiores a trinta dias", diz a instituição.

Desde abril de 2017, os consumidores que não conseguem pagar integralmente a fatura do cartão de crédito só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias. A regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), obrigou as instituições financeiras a transferirem a dívida para o crédito parcelado, que tem taxas menores, após 30 dias no rotativo.

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