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Indústria

- Publicada em 29 de Março de 2019 às 03:00

Gaúchos buscam novas tecnologias em Hannover

Reunião entre Fiergs e Sebrae-RS com empresas alinhou roteiro de visitas e atrativos na mostra

Reunião entre Fiergs e Sebrae-RS com empresas alinhou roteiro de visitas e atrativos na mostra


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC/
"É gigante", avisa o engenheiro de produção mecatrônica Felipe Marcolin a integrantes da comitiva gaúcha que embarca neste sábado para a Feira de Hannover, na Alemanha, considerada o mais importante evento no mundo em tecnologia para indústria. A feira, com seus 20 pavilhões de exposição com desfile de uma diversidade de soluções, com robôs aplicados ao ambiente industrial, integração digital, Indústria 4.0 e inovações que recém estão chegando ao mercado, faz jus ao adjetivo usado por Marcolin. A Hannover Messe ocorre de 1 a 5 de abril na cidade alemã.
"É gigante", avisa o engenheiro de produção mecatrônica Felipe Marcolin a integrantes da comitiva gaúcha que embarca neste sábado para a Feira de Hannover, na Alemanha, considerada o mais importante evento no mundo em tecnologia para indústria. A feira, com seus 20 pavilhões de exposição com desfile de uma diversidade de soluções, com robôs aplicados ao ambiente industrial, integração digital, Indústria 4.0 e inovações que recém estão chegando ao mercado, faz jus ao adjetivo usado por Marcolin. A Hannover Messe ocorre de 1 a 5 de abril na cidade alemã.
Reunião com empresas e representantes da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) e do Sebrae-RS alinhou, nesta semana, o roteiro para aproveitar os atrativos que devem monopolizar as atenções. Além do desafio de percorrer os pavilhões em cinco dias, a comitiva terá visitas a unidades da Airbus e da Volkswagen. Em 2018, a Hannover Messe registrou 210 mil visitantes, sendo 70 mil de fora da Alemanha. "Vamos ver o que é tendência para depois voltar ao Brasil e avaliar as condições de aplicação", destaca o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que chefia a missão brasileira e que tem uma bagagem de mais de 20 edições do evento. "A Hannover Messe é onde ocorrem os grandes lançamentos, principalmente da indústria alemã."
Petry compara que, quando foi, em 1984, pela primeira vez, a feira apresentava produtos finais, e, hoje, há uma diversidade de tecnologias, materiais e serviços. Da Hannover, muitos segmentos derivaram para seus próprios eventos setoriais. Nos anos recentes, o hit mais citado foi a Indústria 4.0, termo que surgiu na Alemanha, em centros de desenvolvimento de tecnologia, e traduz o impacto da digitalização nos processos industriais. Neste ano, a sigla que promete dominar o desfile de tecnologias e seus usos é IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas).
Marcolin destacou que Hannover é uma feira multi-industrial, pois expõe soluções destinadas a segmentos mais tradicionais, como metalmecânico, à medicina e à variedade de serviços. O engenheiro reforça que um dos atrativos deste ano devem ser sensores para captar informações, apontando as soluções no conceito de Onternet das Coisas. "É importante prestar atenção no que pequenas empresas levam para a feira, que podem ser mais acessíveis como custo e ainda atender a demandas da empresa", advertiu Marcolin.
Um detalhe que favorece este tipo de alternativa é que as micro e pequenas representam 95% da atividade na Alemanha, o que aproxima o país do universo do Brasil, ao menos em quantidade, quando se trata de pulverização de MPEs. Estandes com trabalhos de universidades e institutos de pesquisas também são destinos que podem oferecer boas opções para levar a eficiência das linhas. "As empresas receberão acompanhamento técnico para auxiliar na autoimplementação de melhorias nas empresas para transformar o conhecimento em ações práticas", explica o técnico do Sebrae-RS, Taisson Toigo, que estará na Alemanha.  

Estreantes e veterano buscam referências no evento

Dalcin (esquerda) vai pela primeira vez, e Rigo volta para buscar solução para linha industrial

Dalcin (esquerda) vai pela primeira vez, e Rigo volta para buscar solução para linha industrial


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC/
No grupo de 15 empresas com sede no Rio Grande do Sul estão veteranos e estreantes em matéria de Hannover. Mas as duas condições convergem sobre os objetivos na feira, que incluem, principalmente, tecnologias que melhorem o processo industrial. "Fui em 2018, mas tudo era muito novo, tive uma visão geral. Neste ano, vou mais focado, vou atrás de uma solução de coleta de informações na linha de produção", adianta Gilson Rigo, sócio-diretor da Gomasul Borrachas, pequena empresa com seis funcionários que atua com peças em borracha para máquinas e tem sede em Bento Gonçalves.
Rigo diz que a ideia é implantar sensores que possam gerar informações de cada máquina. A aplicação segue a lógica de IoT. A fábrica começou a usar, de forma ainda tímida, o Qcode. "Quero ver fornecedor com aplicação que pode ser ajustada à nossa realidade", explica o diretor da indústria. A Gomasul tem apoio do Sebrae-RS para participar da missão, junto a outras oito indústrias gaúchas.
Daniel Dalcin, que é supervisor em uma das linhas da Tramontina, em Carlos Barbosa, vai pela primeira vez à feira. Dalcin diz que há oportunidade sempre para quem está mais no dia a dia da indústria poder conferir as novidades. "Vamos conferir o que é tendência para podermos projetar mudanças, estamos de olho para 2020", comenta o supervisor, que já foi a outra feira de plásticos na Alemanha. Anderson Hanauer, gerente de produção na Tramontina Multi, focado no que vai ser tendência. "Nosso foco é gerar eficiência para as linhas", resume.
O Centro de Indústrias do Estado (Ciergs) e Fiergs lideram o pool de brasileiros que vai à Hannover Messe (feira, em alemão), que é organizado via Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). ApexBrasil e Sebrae também são apoiadores.