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Economia

- Publicada em 28 de Março de 2019 às 03:00

Ministro da Economia afirma que governo está enfrentando a si mesmo no Congresso

Guedes disse a senadores que não brigará para ficar no ministério

Guedes disse a senadores que não brigará para ficar no ministério


/JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
O ministro Paulo Guedes (Economia) fez críticas à atuação do PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro, e indicou que este foi um dos fatores que o fez não ir a audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) nesta terça-feira (26). Ele afirmou que o governo tem trabalhado e está tentando acertar. Em 60 dias apresentou um pacote anticrime e uma proposta de reforma da Previdência. Mas, no Congresso, o governo parece enfrentar a si mesmo.
O ministro Paulo Guedes (Economia) fez críticas à atuação do PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro, e indicou que este foi um dos fatores que o fez não ir a audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) nesta terça-feira (26). Ele afirmou que o governo tem trabalhado e está tentando acertar. Em 60 dias apresentou um pacote anticrime e uma proposta de reforma da Previdência. Mas, no Congresso, o governo parece enfrentar a si mesmo.
"Quando parte para ações no Congresso, o próprio opositor dele (o governo) é ele mesmo. Então algo está falhando do nosso lado", disse Guedes, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
"Realmente é assustador, ontem eu tomei um susto. O aviso que eu tinha é: 'você foi convocado para ir num lugar onde não tem relator, todo mundo vai atirar pedra e seu partido vai atirar também porque estão contra a reforma'. Não entendi mais nada", disse Guedes, referindo-se à participação prevista na CCJ.
O ministro afirmou que, em seu cálculo político, o PSL deveria fechar questão em apoio à reforma, mesmo apoiando mudanças no texto. A líder do governo no Congresso, a senadora Joice Hasselman (PSL-SP), disse nesta terça-feira (26) à noite que o PSL fecharia questão. O DEM também fecharia questão, na visão de Guedes, uma vez que ocupa ministérios e já se posicionou a favor da reforma.
Ele minimizou, porém, o choque entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e o presidente Bolsonaro. Na sua visão, trata-se de um choque de acomodação que será superado.
Na avaliação de Guedes, a aprovação da emenda do Orçamento foi uma "demonstração de força política da Câmara". Ele considera que a emenda tem um sinal positivo e outro negativo. "Foi uma disputa de espaço político. Foi mostrado o seguinte: vocês têm uma reforma que acham importante, que tem seis meses para aprovar, que é a Previdência. Pode ser aprovado em dois dias, pode ser aprovado até no mesmo dia", disse Guedes.
Guedes criticou a inserção de mais um gasto "carimbado" no Orçamento - emendas parlamentares. Mas afirma que se o carimbo dá preferência a emendas que vão para estados e municípios, ela vai no sentido positivo, de descentralizar recursos do governo central para estados e municípios.
Após ser questionado sobre se deixaria o governo, caso a reforma da Previdência não for aprovada,  Guedes disse não ter apego ao cargo de ministro da Economia. Sinalizou, entretanto, que não sairá do ministério na primeira derrota.
Guedes ainda disse que não brigará para ficar no cargo. "Estou aqui para servi-los, se ninguém quiser o serviço, terá sido um prazer ter tentado. Não tenho apego ao cargo, mas não a terei irresponsabilidade de sair na primeira derrota", afirmou.
Mais uma vez, ele colocou sua permanência no ministério nas mãos do presidente Jair Bolsonaro. "Acredito em uma dinâmica virtuosa da democracia, não tenho dúvida de que poderes cumprirão seu papel. Se o presidente (Bolsonaro) apoiar coisas que acho que podem resolver o Brasil, estarei aqui. Se o presidente ou Poderes não assumirem, eu tenho vida fora daqui", completou o ministro.
 
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