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Economia

- Publicada em 25 de Março de 2019 às 13:16

Alunos e ex-alunos lançam fundo de investimento para financiar inovação na Ufrgs

Recursos de Fundo patrimonial serão aplicados em desenvolvimento de pesquisa e infraestrutura

Recursos de Fundo patrimonial serão aplicados em desenvolvimento de pesquisa e infraestrutura


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Bruna Oliveira
A centenária Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) vive nesta segunda-feira (25) um importante marco no fomento à pesquisa. O Fundo Centenário, modelo de investimento feito a partir de doações, será oficialmente lançado hoje no Salão de Atos, com a promessa de viabilizar melhorias de infraestrutura e projetos de inovação nascidos na universidade.
A centenária Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) vive nesta segunda-feira (25) um importante marco no fomento à pesquisa. O Fundo Centenário, modelo de investimento feito a partir de doações, será oficialmente lançado hoje no Salão de Atos, com a promessa de viabilizar melhorias de infraestrutura e projetos de inovação nascidos na universidade.
A modalidade, conhecida como "endowment", ou "fundo patrimonial", ainda é pouco utilizado no Brasil. A ideia de trazê-la para o Rio Grande do Sul surgiu da vivência dos próprios fundadores do projeto no exterior. Grandes universidades dos Estados Unidos e da Inglaterra, como Harvard e Yale, utilizam o modelo como forma de investimento.
Cinco alunos e ex-alunos da Engenharia da federal então focaram em buscar maneiras de fortalecer a extensão, a inovação, os projetos de ensino e a pesquisa produzida na Escola, e tiraram do papel o plano que replicaria a experiência na Ufrgs.
Funciona assim: doações de pessoas físicas e jurídicas são investidas em aplicações financeiras de baixo risco. Somente os rendimentos reais deste saldo são sacados e aplicados em projetos da Escola. Parte desse "lucro" também é reinvestida para engrossar o saldo inicial. Os investimentos, portanto, são de longo prazo.
"Nosso objeto social é diretamente associado à Ufrgs, mas somos uma associação sem fins lucrativos e portanto os nossos recursos não são vinculados à universidade", explica Vitório Canozzi, engenheiro de produção formado pela Ufrgs e um dos fundadores do fundo. Canozzi cita a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) como uma grande inspiração para o modelo. A universidade paulista foi a primeira escola pública do País a criar um fundo nos mesmo moldes, há oito anos.
Um conselho de sete membros formado por representantes dos doadores e da universidade vai deliberar sobre como o dinheiro será aplicado e sobre o destino dos recursos em projetos. Além disso, uma auditoria externa ficará responsável por reforçar a fiscalização do fundo.
Os projetos serão selecionados por meio de editais que serão lançados periodicamente. Os recursos poderão ser aplicados tanto em desenvolvimento de pesquisas e construção de novos laboratórios como em custeio de equipes para competições estudantis, por exemplo.
Canozzi espera que o fundo seja inspiração para outras iniciativas do tipo. "Projetos de ensino e pesquisa não nascem do dia para a noite. O grande trunfo do Fundo Centenário é mostrar que, para construir uma mentalidade de longo prazo, alguém precisa plantar pequeno", diz o engenheiro.

Como doar

As doações podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas. O interessados podem obter informações no site do Fundo Centenário ou entrar em contato pelo e-mail [email protected]. As doações em fundos patrimoniais não são passíveis de dedução de impostos.
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