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Economia

- Publicada em 20 de Março de 2019 às 01:00

Conta de luz terá alívio de 3,7 pontos percentuais

Crise hídrica levou distribuidoras a comprar energia de curto prazo

Crise hídrica levou distribuidoras a comprar energia de curto prazo


/MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
A conta de luz terá um alívio de 4,9 pontos percentuais na conta de luz em 2019 e 2020 devido à antecipação de um pagamento de uma dívida bilionária que vinha sendo paga pelos consumidores de energia desde 2015. Neste ano, o alívio será de 3,7 pontos percentuais e, em 2020, de 1,2 pontos.

A conta de luz terá um alívio de 4,9 pontos percentuais na conta de luz em 2019 e 2020 devido à antecipação de um pagamento de uma dívida bilionária que vinha sendo paga pelos consumidores de energia desde 2015. Neste ano, o alívio será de 3,7 pontos percentuais e, em 2020, de 1,2 pontos.

Esse pagamento deverá implicar reajustes menores na conta de luz neste ano. A projeção é que as revisões das tarifas em 2019 fiquem em patamar estável, segundo cálculo da TR Soluções (empresa especializada em tarifas de energia), que não contabilizam o acionamento das bandeiras tarifárias.

Seis distribuidoras que já tiveram reajustes aprovados pela agência desde o fim do ano passado terão revisões extraordinárias para amenizar os aumentos: a Cepisa (Piauí), Ceron (Rondônia), Eletroacre, Energisa Borborema, e as duas distribuidoras fluminenses, a Light e a Enel Rio.

A dívida bilionária foi contraída em 2014. À época, mudanças regulatórias e decisões do então governo de Dilma Rousseff (PT) fizeram com que as companhias ficassem descontratadas, ou seja, com poucas usinas geradoras à sua disposição.

A solução foi comprar energia no chamado mercado de curto prazo - em que os preços variam mês a mês e, naqueles anos, estavam extremamente altos por causa da seca.

O resultado foi uma conta de aproximadamente R$ 50 bilhões para as distribuidoras e, consequentemente, para a conta de luz.

Para cobrir o rombo, os consumidores de energia brasileiros vinham pagando parcelas mensais de cerca de R$ 700 milhões.

Ainda restavam R$ 8,8 bilhões a serem pagos até 2020. O acordo com oito bancos firmado pela Aneel permitiu a antecipação desse pagamento, sob a cobrança de uma taxa equivalente a R$ 140 milhões - valor menor do que os juros que seriam cobrados caso as parcelas não fossem antecipadas.

"Foi um esforço imenso. As conversas se iniciaram em novembro e só agora avançamos para um acordo", afirmou o diretor-geral da agência, André Pepitone.

Entre os bancos, haviam instituições públicas (Caixa, Banco do Brasil, Bndes e Banrisul) e privadas (Bradesco, Itaú, Santander e Citibank).

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