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Economia

- Publicada em 17 de Março de 2019 às 01:00

CEEE não revela se há propostas por usina eólica

Deitos explica que o grupo vive momento de dificuldades financeiras

Deitos explica que o grupo vive momento de dificuldades financeiras


/CLAITON DORNELLES/JC
Jefferson Klein
Não é segredo que o Grupo CEEE deseja vender o projeto do parque eólico Povo Novo, que se encontra com obras inacabadas no município de Rio Grande. O mistério é se há pretendentes à compra desse ativo. Na sexta-feira passada, encerrou-se o prazo da chamada pública e do recebimento de propostas para selecionar empresas ou consórcios interessados em adquirir a participação acionária da companhia no complexo (que é de 99,9%). No entanto, a estatal optou por não informar se houve ou não interessados.
Não é segredo que o Grupo CEEE deseja vender o projeto do parque eólico Povo Novo, que se encontra com obras inacabadas no município de Rio Grande. O mistério é se há pretendentes à compra desse ativo. Na sexta-feira passada, encerrou-se o prazo da chamada pública e do recebimento de propostas para selecionar empresas ou consórcios interessados em adquirir a participação acionária da companhia no complexo (que é de 99,9%). No entanto, a estatal optou por não informar se houve ou não interessados.
O coordenador do grupo temático de energia da Fiergs, Edilson Deitos, argumenta que o Grupo CEEE vive um momento de dificuldades financeiras e a venda do parque eólico seria uma forma de dar liquidez para a companhia. Além disso, o dirigente ressalta que a perspectiva é que a demanda por eletricidade no País, assim como o seu custo, aumente neste ano. Em virtude desse panorama, o empresário reforça que seria importante terminar o parque eólico, pois toda geração extra será bem-vinda.
Em setembro de 2018, por 33 votos contra 13, os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei (PL) nº 147, do Poder Executivo, que autorizava a alienação total da participação acionária da CEEE-GT (braço de geração e transmissão da estatal) no complexo Povo Novo. Desde então, a companhia tenta repassar o ativo, mas não vem obtendo êxito. A empresa chegou a anunciar, ainda no ano passado, que apareceram interessados, contundo as negociações não foram adiante.
O leilão do governo federal para arrematar o direito de construir esse parque foi vencido pelo Grupo CEEE em 2013, e a obra foi iniciada em janeiro de 2015 e paralisada em agosto de 2016, mesmo ano em que se previa a conclusão da usina. A estatal esperava obter recursos do Bndes ou do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para desenvolver a estrutura, porém a expectativa acabou não se confirmando.
Aproximadamente 34% da obra do parque eólico foi feita, sendo que a estatal já havia aportado R$ 161 milhões no empreendimento, em valores corrigidos até 31 de dezembro de 2017. O parque teria uma capacidade instalada de 52,5 MW (1,5% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). O complexo eólico é formado pelo conjunto das centrais geradoras Povo Novo, Fazenda Vera Cruz e Curupira, e, completo, teria 25 aerogeradores. Uma comissão processante foi formada pelo governo do Estado para apurar eventuais falhas administrativas e funcionais na condução do projeto Povo Novo.
 
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