O dólar abriu em baixa, mas virou para o lado positivo e registrou máximas na manhã desta sexta-feira (15). O operador Jefferson Rugik, diretor superintendente da Correparti, diz que a alta é decorrente de uma saída grande de capital do País, que seria de um fundo estrangeiro. Às 10h19min, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,8495, em alta de 0,03%.
Segundo Rugik, esse fluxo de saída ampara o descolamento interno da queda do dólar predominante no exterior. Entre os possíveis motivos desse fluxo negativo, ele menciona o possível desconforto com o cenário de inflação pressionada (IGP-10) e atividade muito fraca (setor de serviços), que levanta a possibilidade de um cenário de estagflação, e diante das dificuldades na aprovação da reforma da previdência, que parece que não caminha.
Em relação à Previdência, incomoda a percepção de falta de articulação política do governo no Congresso para aprovar a proposta. Num momento em que o governo deve se esforçar para a aprovação da matéria, cuja tramitação começou esta semana com a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o presidente Jair Bolsonaro sequer mencionou a reforma na quinta-feira (14) em transmissão ao vivo no Facebook.
Além disso, oito governadores do Nordeste, à exceção de Renan Filho (MDB), de Alagoas, reforçaram em carta críticas contra a PEC da Previdência durante encontro em São Luís, também na quinta-feira.