Instituições financeiras internacionais reduziram ontem suas estimativas de crescimento para a economia brasileira no ano de 2019. O BNP Paribas revisou sua projeção de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do País neste ano de 3% para 2%, enquanto o Bank of America Merrill Lynch reduziu novamente sua previsão de alta, de 3% para 2,4%. Há duas semanas, o banco americano já havia revisado sua estimativa, de 3,5% para 3%.
O economista-chefe do banco francês, José Carlos Faria, acredita que o Banco Central deve manter a taxa de juros no patamar atual, de 6,5% ao ano, até o final de 2019. O banco tinha previsão de elevação da Selic no segundo semestre, mas mudou a estimativa e agora vê elevação apenas em março de 2020, por conta da atividade econômica mais fraca que o esperado em 2019.
O crescimento mais fraco que o esperado no trimestre final de 2018 e um começo de 2019 com atividade fraca foram os fatores que levaram o Bank of America Merrill Lynch (BofA) a reduzir a estimativa, de acordo com o relatório, assinado pelos economistas para Brasil, David Beker e Ana Madeira. Outro ponto é que o deteriorado mercado de trabalho tem mostrado lentidão em se recuperar.
O banco acredita que a reforma da Previdência deve provocar maior impacto no crescimento econômico apenas em 2020. Apesar de reduzir a estimativa para 2019, a instituição manteve sua previsão de expansão da economia brasileira no ano que vem em 3%.