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Economia

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Governistas já preveem modificações no projeto de reforma da Previdência

Cada concessão vai desidratar a proposta, afirmou major Vitor Hugo

Cada concessão vai desidratar a proposta, afirmou major Vitor Hugo


/DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO/JC
Parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, saíram da primeira reunião com a equipe econômica após a apresentação da proposta de reforma da Previdência com uma mensagem clara: estão dispostos a defender a proposta no Congresso, mas já preveem modificações ao texto.
Parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, saíram da primeira reunião com a equipe econômica após a apresentação da proposta de reforma da Previdência com uma mensagem clara: estão dispostos a defender a proposta no Congresso, mas já preveem modificações ao texto.
O encontro nesta quinta-feira foi com o secretário especial de Previdência, Rogério Marinho. Segundo os participantes, a principal pressão deve vir de servidores públicos, cujas regras ficariam bem mais duras caso a medida passe conforme foi elaborada pelo governo. Diante das primeiras resistências, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO) afirmou que o Congresso será soberano e que não há pontos que não possam ser modificados.
A avaliação de Vitor Hugo, que já havia admitido na entrada da reunião que o texto seria modificado. Questionado sobre até que ponto a reforma poderia ser mexida sem alterar o espírito da proposta, o líder do governo disse que não há esse limite. "Não existe ponto que é a nossa barreira central. Não foi estabelecido isso pela equipe econômica. O conjunto de medidas hoje traria uma economia para o país acima de R$ 1 trilhão em dez anos. Cada concessão que for feita vai desidratar um pouco a proposta. Mas a palavra final é do parlamento", destacou.
A crítica mais incisiva ao texto veio da senadora Selma Arruda (PSL-MT). Juíza federal, ela criticou a mudança de regras que prevê alíquotas de até 22% para salários no topo do funcionalismo público, acima de R$ 39 mil.
A senadora prevê uma "revolta da classe média" e afirma que quem ganha R$ 30 mil não é rico. "Me parece que ali (mudanças de alíquota), a gente vai ter um certo problema para conseguir administrar. Ao contrário do que se dizia, que vai não vai apenar o pobre, vai apenar o rico, quando você tem uma alíquota de R$ 30 mil você não está falando de rico. Está falando de classe média. Rico ganha muito mais do que isso. Acredito que pode haver uma revolta da classe média com relação a essas alíquotas que são alteradas."
O encontro contou com a participação de 19 parlamentares, segundo a assessoria da secretaria especial de Previdência e Trabalho. Para Bia Kicis (PSL-DF), que busca presidir a Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania (CCJC), será preciso mostrar que a proposta não afeta os mais pobres. "A gente sabe que vai haver aqueles que vão reclamar. Nós que estamos olhando para os pobres agora. Aquelas pessoas que estão gritando, dizendo que os pobres vão sofrer, é exatamente dos mais pobres que estamos cuidando."
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