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Cooperativismo de crédito

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2019 às 22:06

Sicredi investe em ações de responsabilidade social

Sistema de poupança é um lastro para a área rural, afirma Márcio Port

Sistema de poupança é um lastro para a área rural, afirma Márcio Port


/MARIANA CARLESSO/JC
Presente em 92% dos municípios do Estado, o sistema Sicredi foca cada vez mais na promoção do desenvolvimento local e regional. Em 2018, ações de educação financeira ou de disseminação do cooperativismo junto a escolas atingiram mais de 110 mil gaúchos, entre alunos, professores e comunidade escolar. Já o projeto Fundo Social investiu mais de R$ 8 milhões em ações sociais de todo o Estado ao longo do ano passado.
Presente em 92% dos municípios do Estado, o sistema Sicredi foca cada vez mais na promoção do desenvolvimento local e regional. Em 2018, ações de educação financeira ou de disseminação do cooperativismo junto a escolas atingiram mais de 110 mil gaúchos, entre alunos, professores e comunidade escolar. Já o projeto Fundo Social investiu mais de R$ 8 milhões em ações sociais de todo o Estado ao longo do ano passado.
"Costumamos dizer que, quando comparado a outras instituições financeiras, o Sicredi não tem tanta diferença no quesito produtos e serviços. Nosso grande diferencial está na responsabilidade social e no relacionamento com os associados", destaca o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port.
Criado em 2013, o Fundo Social destina uma porcentagem das sobras das cooperativas a projetos escolhidos pelos Coordenadores de Núcleo. Esse grupo de representantes eleito na assembleia de cada cooperativa tem o objetivo de selecionar os projetos inscritos. Por ser composto por moradores de cada município, o coletivo é capaz de se aproximar das organizações e verificar a seriedade e pertinência do trabalho para as comunidades em que elas estão inseridas.
As chamadas sobras das cooperativas são os lucros da organização que, ao final de cada ano, são contabilizados e divididos em três partes. No caso do Sicredi, em torno de 40% do valor total é devolvido a cada um dos associados. A segunda parcela, de aproximadamente 13%, fica em uma espécie de fundo de reserva do sistema. E a terceira cota é repassada aos projetos sociais.
A destinação desses valores a instituições preferencialmente pequenas contribui para o desenvolvimento das regiões e melhora a distribuição dos recursos, normalmente concentrados nos grandes centros urbanos. Em muitos municípios do interior o Sicredi é a única instituição financeira presente. Nos municípios gaúchos com menos de 100 mil habitantes em torno de 40% da população adulta é associada ao Sicredi, enquanto nas cidades com mais habitantes esse número é de aproximadamente 20%.
Além disso, o Sicredi mantém programas como o A União faz a Vida, com ações pedagógicas voltadas para a cooperação é cidadania nas escolas, envolvendo crianças e educadores, o Crescer, que leva ao associado formações sobre cooperativismo e o Programa de Educação Financeira, que orienta sobre a utilização consciente do dinheiro.
O sistema de cooperativas é, também, o principal financiador do agronegócio e agricultura familiar. Um dos principais lastros dos investimentos voltados ao desenvolvimento da área rural é o sistema de poupança do Sicred, explica Port.
Com rendimento igual ao de qualquer outra, a poupança do Sicredi dá ao associado a certeza de que os recursos financeiros serão mantidos onde foram gerados. "Mantendo mais recursos e investindo em crédito no Rio Grande do Sul estamos aumentando o PIB gaúcho. Sempre digo que quem deseja fortalecer o Estado tem duas opções: investir no Sicredi ou no Banrisul", salienta Port.
 

Rabobank reduz sua participação no Banco Sicredi

O Sicredi mantém, desde 2010, parceria com a também cooperativa de crédito holandesa Rabobank. A sociedade estabelecida entre ambos envolveu a participação do Rabobank em 30% do capital do Banco Cooperativo Sicredi. Contudo, a instituição holandesa está paulatinamente retirando sua participação no capital da cooperativa gaúcha, devendo chegar a zero em até 10 anos.
Conforme o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port, a decisão é estratégica e foi tomada em comum acordo entre as duas instituições. A redução da participação no banco já está ocorrendo, mas, garante Port, não traz nenhum impacto para as operações bancárias nem para os associados. "A parceria foi muito importante, tanto pelo aporte financeiro quanto pelo intercâmbio de tecnologias. Porém, começou a pesar a desvantagem cambial na conversão em euros dos resultados do Rabobank no Sicredi", afirma.
Em 2018, no Rio Grande do Sul, o Sicredi cresceu 17,8% na comparação com o ano anterior e chegou a R$ 42,8 bilhões em ativos administrados - valor que deve alcançar R4 48,5 bilhões em 2019. O resultado líquido superou R$ 1 bilhão e a estimativa é que o número cresça este ano.
A instituição mantém crescimento anual na casa de dois dígitos. Nos últimos dois anos, o Sicredi driblou a crise econômica e manteve a trajetória ascendente. A instituição financeira conta hoje com 39 cooperativas filiadas no Rio Grande do Sul, mais de 1,6 milhões de associados e 591 pontos de atendimento em 456 municípios gaúchos. "Enquanto os outros bancos fecham agências, o Sicredi continuou abrindo pontos de atendimento e vai crescer mais", diz Port.