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Turismo

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2019 às 11:39

Cabo de Santo Agostinho reúne belas praias e luxo

Mar quente e cristalino é contornado pelos tradicionais coqueiros, cenário perfeito para férias tranquilas

Mar quente e cristalino é contornado pelos tradicionais coqueiros, cenário perfeito para férias tranquilas


Bruna Oliveira/Especial/JC
Que o Nordeste brasileiro é um dos maiores destinos turísticos do País e do mundo não é novidade. Muitos dos cenários paradisíacos encravados por lá, no entanto, não ficam nas rotas tradicionais de viagem, mesmo estando a poucos quilômetros de grandes capitais. Cabo de Santo Agostinho, distante cerca de meia hora da capital pernambucana Recife, guarda praias de tirar o fôlego e até turismo de luxo.
Que o Nordeste brasileiro é um dos maiores destinos turísticos do País e do mundo não é novidade. Muitos dos cenários paradisíacos encravados por lá, no entanto, não ficam nas rotas tradicionais de viagem, mesmo estando a poucos quilômetros de grandes capitais. Cabo de Santo Agostinho, distante cerca de meia hora da capital pernambucana Recife, guarda praias de tirar o fôlego e até turismo de luxo.
As águas quentes e cristalinas do mar são contornadas pelos tradicionais coqueiros, formando o cenário perfeito para férias tranquilas, longe do agito de praias mais badaladas. Para além do descanso na areia, a região oferece opções de roteiros históricos e passeios náuticos em água doce.  
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O município de 250 mil habitantes viveu seu auge com as operações do porto de Suape e da Refinaria Abreu e Lima, dois importantes pilares da economia na região e sediados na cidade vizinha de Ipojuca. O complexo portuário foi responsável por impulsionar empregos, indústria e o turismo local, atendendo à demanda tanto da construção naval quanto de multinacionais que buscaram a proximidade do porto.
Entre 2014 e 2015, com o fim das obras em Suape e posteriores escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e pagamento de propina na refinaria, a grande expansão econômica na região foi interrompida com a demissão de milhares de trabalhadores.
Ainda que afastada dos tempos áureos, a região segue promissora para o turismo. O local é parada estratégica especialmente para os que desejam "esticar" a viagem para destinos próximos como Porto de Galinhas e a própria capital, Recife. Dentre as atrações de Cabo de Santo Agostinho está a Reserva do Paiva, um bairro planejado que abriga hotelaria de luxo e belas praias. O acesso ao local é tarifado por um pedágio para preservação ambiental. Carros de passeio pagam R$ 5,90 de segunda à sexta-feira e R$ 8,80 aos fins de semana.
É dentro do bairro planejado que fica o Sheraton Reserva do Paiva, o único hotel cinco estrelas de bandeira internacional em Pernambuco. "Percebemos que havia um público que não queria só ficar queimando no sol de Porto de Galinhas", afirma o diretor-geral do Sheraton Reserva do Paiva, o alemão Guido Stütz. Há nove anos no Brasil, ele frisa a importância de se valorizar a cultura regional. "A história do Brasil começou aqui e muitos brasileiros não sabem. É preciso se orgulhar do que existe aqui", afirma.
A rede do grupo Marriot focava essencialmente no público corporativo, mas desde o ano passado experimenta uma guinada de posição no mercado, apostando também no turismo de lazer. Eventos temáticos passaram a ser incorporados na agenda, como oficinas de culinária para crianças, atraindo também quem não vai a trabalho. "No último Dia das Crianças, a estratégia rendeu ocupação de 100% no hotel", comemora a relações públicas do Sheraton do Paiva Ana Figlioulo.
São 298 quartos e instalações que contemplam piscina, spa, restaurantes, brinquedoteca, campo de futebol, minigolfe, além de área reservada para os hóspedes na beira praia, o Sheraton Beach Club. Tudo contornado por mata atlântica e vegetação nativa. 
Apesar de toda a beleza natural, o público do Sul ainda chega aos poucos, comenta o diretor de vendas do hotel Marcelo Rocha. Fatores como a longa distância e o alto custo da passagem aérea partindo de cidades como Porto Alegre, por exemplo, ainda são impeditivos. Por isso, a maior parte dos hóspedes ainda é regional.
Saindo da Reserva, Cabo de Santo Agostinho guarda a Vila Nazaré, localidade construída no século 16, que serviu de abrigo aos portugueses quando chegaram ao Brasil. Do alto da localidade é possível ver as ruínas do Forte Castelo do Mar e a cidade de Recife ao fundo, além de observar a formação geológica do cabo formado por rochas de origem vulcânica.

Piscinas naturais

Maré baixa garante banho de mar relaxante

Maré baixa garante banho de mar relaxante


Bruna Oliveira/Especial/JC
A maré baixa é o melhor momento para desfrutar do mar cristalino. Na Praia do Paiva, os recifes de corais formam lindas piscinas naturais, excelentes para um banho de água relaxante a poucos metros da deserta faixa de areia. Placas indicam que a região é área de proteção ambiental de corais e portanto são proibidas atividades como a pesca e a prática de esportes. Na maré alta, o mergulho não é recomendado devido à forte correnteza e a presença de tubarões.

Artesanato em cerâmica

Seu Deó, 75 anos, aprendeu a moldar a argila com o pai

Seu Deó, 75 anos, aprendeu a moldar a argila com o pai


Bruna Oliveira/Especial/JC
Símbolo da arte popular brasileira, o artesanato em cerâmica tem em Pernambuco uma de suas principais vertentes. No Centro de Artesanato Arquiteto Wilson de Queiroz Campos Júnior, às margens da rodovia PE-60, é possível conhecer o trabalho de artesãos locais e adquirir peças únicas. Deoclécio José Mariano, o seu Deó, 75 anos, é um dos 16 artesãos que trabalha no galpão cedido pela prefeitura. Ele conta que aprendeu a moldar a argila com o pai e desde os 10 anos produz peças em cerâmica. Enquanto conversa, Deó gira o barro no torno e faz os itens na hora. Depois de 24 horas no forno, o produto está pronto. Cada artesão contribui com uma parte de suas vendas para a manutenção do Centro. Utensílios como pratos e tigelas são vendidos para todo o Brasil.

Engenho Massangana

Casarão no centro da propriedade foi residência de Joaquim Nabuco

Casarão no centro da propriedade foi residência de Joaquim Nabuco


Bruna Oliveira/Especial/JC
Herança do período colonial, o Engenho Massangana resgata histórias da vida rural nordestina no tempo da escravidão e do ciclo do açúcar. A propriedade pertencia a Duarte Coelho, um dos primeiros donatários das capitanias hereditárias no Brasil, e hoje é administrada pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O escritor e político que dá nome à fundação morou no engenho até os seus oito anos. No centro da propriedade, um casarão de portas e janelas largas construído aos moldes portugueses representa a grandeza das famílias na sociedade da época. No alto do terreno é possível conhecer a Capela de São Mateus, erguida no fim do século 18 e restaurada em 2010. A visitação ao Engenho Massangana é gratuita e precisa de agendamento quando para mais de 10 pessoas.

Passeios de buggy e catamarã

Trajetos para o passeio podem ser combináveis

Trajetos para o passeio podem ser combináveis


Bruna Oliveira/Especial/JC
Uma maneira de explorar vários pontos turísticos sem perder de vista as belezas naturais do percurso é através dos passeios de buggy. Os trajetos são combináveis e podem custar cerca de R$ 200,00 para até quatro pessoas. Entre um destino e outro, vale incluir uma pausa no Bar do Doido, restaurante na beira do encontro do rio com o mar e com vista para os manguezais e serve pratos típicos. No limite entre os municípios de Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, um passeio de catamarã pelas águas dos rios Jaboatão e Pirapama é o programa ideal para curtir o fim de tarde e o pôr do sol. A embarcação navega até a Ilha do Amor, onde o rio encontra o mar e custa R$ 40,00 por pessoa. A saída ocorre da marina do Sollarium Eventos, um espaço totalmente construído com madeira de demolição e material reciclado.

Passeio de catamarã

Passeio é ideal para curtir o pôr-do-sol

Passeio é ideal para curtir o pôr-do-sol


Bruna Oliveira/Especial/JC
No limite entre os municípios de Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, um passeio de catamarã pelas águas dos rios Jaboatão e Pirapama é o programa ideal para curtir o fim de tarde e o pôr-do-sol. A embarcação navega até a Ilha do Amor, onde o rio encontra o mar. O passeio é aberto ao público e custa R$ 40 por pessoa. A saída ocorre da marina do Sollarium Eventos, um espaço totalmente construído com madeira de demolição e material reciclado.