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Economia

- Publicada em 30 de Janeiro de 2019 às 13:56

Centrais sindicais querem reajuste de 8,43% no mínimo regional gaúcho

Centrais vão entregar proposta de reajuste e mais mudanças à Casa Civil no Palácio Piratini

Centrais vão entregar proposta de reajuste e mais mudanças à Casa Civil no Palácio Piratini


MARIANA CARLESSO/JC
Patrícia Comunello
Centrais sindicais e governo gaúcho fazem na tarde desta quarta-feira (30) a primeira reunião para tratar de propostas de reajuste e novos valores para o salário mínimo regional. Os sindicalistas pediram a agenda e serão recebidos às 15h pelo chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, no Palácio Piratini, em Porto Alegre.
Centrais sindicais e governo gaúcho fazem na tarde desta quarta-feira (30) a primeira reunião para tratar de propostas de reajuste e novos valores para o salário mínimo regional. Os sindicalistas pediram a agenda e serão recebidos às 15h pelo chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, no Palácio Piratini, em Porto Alegre.
A proposta a ser entregue pelas centrais prevê reajuste de 8,43% no piso, cuja faixa mais baixa passaria de R$ 1.196,47, em vigor em 2018, para R$ 1.297,33. O valor subiria R$ 100,00. Em 2018, o reajuste ficou em 1,81%, o mesmo concedido ao salário mínimo nacional. Para 2019, o mínimo nacional teve correção de 4,61%, passando de R$ 954,00 para R$ 998,00.
A proposta das entidades contempla o mesmo índice do piso nacional, de 4,61%, mais 3,65%, índice que busca recompor parte da meta de que o piso regional fique 30% acima do mínimo nacional. Desde que passou a ser adotado, em 2001, apenas em 2002, 2003 e 2004, que a diferença foi mantida. O piso nacional segue a inflação pelo INPC mais o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes - para 2019 valeu o de 2017.
O documento a ser entregue à Casa Civil também vai propor a inclusão de novas categorias na política e criação de mais faixas. Também reivindicam que o piso regional seja incluído na Constituição Estadual, com regra de reajuste levando em conta o crescimento da economia nacional e regional mais a inflação. Assinam o documento a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras  (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral de Trabalhadores (UGT).  
Hoje são cinco faixas do mínimo regional no Rio Grande do Sul. A data-base do reajuste é 1º de fevereiro. Mesmo que o novo piso, cuja proposta é enviada pelo governador na forma de Projeto de Lei para a apreciação da Assembleia Legislativa (AL), seja aprovado mais à frente, o pagamento a quem tem carteira assinada é retroativo a fevereiro. Em 2018, a AL aprovou o piso em 27 de março.
O governador Eduardo leite (PSDB), que está em São Paulo tratando do futuro da fábrica da General Motors no Estado, disse que vai esperar a primeira conversa para analisar a proposta.
"Não vou adiantar nada em respeito à reunião. Posso dizer que vou analisar com muita razoabilidade (a proposta), levando em conta as condições de crescimento econômico, a tímida recuperação da economia brasileira, o que certamente dificulta aumento real nesses pisos", adiantou Leite. "Respeito a legítima aspiração de quem quer receber mais, mas vou examinar à luz da condição econômica do Estado e do País", reforçou o governador.

Salário Mínimo Nacional X Salário Mínimo Regional (RS)

Ano Mínimo Nacional Reajuste (%) Mínimo Regional (1ª faixa) Reajuste (%)
2001 R$ 180,00 - R$ 230,00 -
2002 R$ 200,00 11,11 R$ 260,00 13,04
2003 R$ 240,00 20,00 R$ 312,00 20,00
2004 R$ 260,00 8,33 R$ 338,00 8,33
2005 R$ 300,00 15,38 R$ 374,67 10,85
2006 R$ 350,00 16,67 R$ 405,95 8,35
2007 R$ 380,00 8,57 R$ 430,23 5,98
2008 R$ 415,00 9,21 R$ 477,40 10,96
2009 R$ 465,00 12,5 R$ 511,29 7,10
2010 R$ 510,00 9,68 R$ 546,57 6,90
2011 R$ 545,00 6,86 R$ 610,00 11,60
2012 R$ 622,00 14,13 R$ 700,00 14,75
2013 R$ 678,00 9,00 R$ 770,00 10,00
2014 R$ 724,00 6,78 R$ 868,00 12,73
2015 R$ 788,00 8,84 R$ 1.006,88 16,00
2016 R$ 880,00 11,68 R$ 1.103,66 9,61
2017 R$ 937,00 6,48 R$ 1.175,15 6,48
2018 R$ 954,00 1,81 R$ 1.196,47 1,81
2019 R$ 998,00 4,61 R$ 1.297,33* 8,43**

* Valor com reajuste proposto pelas centrais sindicais

** Percentual de reajuste proposto pelas centrais sindicais
Fonte: Dieese
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