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Economia

- Publicada em 28 de Janeiro de 2019 às 12:17

Futuro da GM em Gravataí será debatido nesta semana

Ascari (d) disse que os executivos da companhia pretendem negociar os pontos em até 10 dias

Ascari (d) disse que os executivos da companhia pretendem negociar os pontos em até 10 dias


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
O papel do complexo automotivo de Gravataí dentro da reestruturação da General Motors será debatido nesta semana. Reuniões do comando da multinacional no Brasil com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, na terça-feira, e com o poder público, na quarta-feira, ambas em São Paulo, deixarão mais claras os pedidos da GM, que há dez dias ameaça deixar o País. Uma videoconferência com representantes da empresa e do município da Região Metropolitana, realizada nessa segunda-feira (28), adiantou 21 pontos que a GM colocará em pauta nas negociações com os trabalhadores.
O papel do complexo automotivo de Gravataí dentro da reestruturação da General Motors será debatido nesta semana. Reuniões do comando da multinacional no Brasil com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, na terça-feira, e com o poder público, na quarta-feira, ambas em São Paulo, deixarão mais claras os pedidos da GM, que há dez dias ameaça deixar o País. Uma videoconferência com representantes da empresa e do município da Região Metropolitana, realizada nessa segunda-feira (28), adiantou 21 pontos que a GM colocará em pauta nas negociações com os trabalhadores.
Aos funcionários, a montadora colocou na mesa questões como o regramento do trabalho intermitente, o não pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) em 2019 e diminuição em 2020, a terceirização das atividades-fim, redução no piso salarias, jornadas especiais de trabalho e questões previdenciárias (veja lista abaixo).
Segundo o diretor do sindicato, Valcir Ascari, os executivos da companhia afirmaram aos trabalhadores que pretendem negociar os pontos em até 10 dias e que, se não se chegar a uma solução, iriam retirar os investimentos na planta. "Nós entendemos que esse prazo é muito curto e, por isso, exigimos uma reunião amanhã em São Paulo para conversarmos olho no olho", comenta Ascari. O encontro será realizado na matriz da GM, no início da tarde da terça-feira.
Na quarta-feira, às 8h30min, também em São Caetano do Sul (SP), será a vez de o prefeito de Gravataí, Marco Alba, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se reunirem com o quadro de executivos da montadora. Alba, que esteve presente na videoconferência dessa segunda-feira, conta que nada ainda foi solicitado ao poder público, e que não acredita que a fábrica possa ser fechada. “Mesmo assim, caso não se chegue a um acordo entre todas as partes, poderiam modificar os seus investimentos, o que seria bastante prejudicial para o futuro”, argumenta o prefeito.
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Totem da montadora foi retirado da entrada principal do complexo da GM
Entre os pontos apresentados aos trabalhadores, as principais reclamações do sindicato são referentes ao trabalho intermitente, que poderia fazer com que os trabalhadores recebam menos do que um salário mínimo, o parcelamento no pagamento das férias, e a tentativa de aumento da jornada de trabalho de 40h para 44h semanais. "Tem muitas coisas que o sindicato não aceita. Vamos pelear até as últimas consequências", defende Ascari. Uma manifestação dos trabalhadores está programada para terça-feira, por volta das 5h, na frente da fábrica.
“Temos todo o tipo de riscos. O presidente (da GM na América Latina, Carlos Zarlenga) foi claro de que, sem acordo, pode haver consequências, mas não falou quais serão”, segue Ascari. Como o atual acordo coletivo tem validade até o fim de 2019, o sindicato argumenta que as mudanças não devem ser válidas para esse ano. “Vamos conversar, entendemos que a conversa é importante sempre”, afirma Ascari. São cerca de 6 mil trabalhadores diretamente ligados ao complexo atualmente, fora sistemistas e terceirizados, segundo o sindicato. Como a GM já fechou cinco fábricas nos Estados Unidos no fim de 2018, os sindicalistas não descartam que façam o mesmo com algumas das plantas na América Latina.

Veja a lista de pedidos da GM:

1 - Formalização de Acordo Coletivo de longo prazo (2 anos renováveis por mais 2). O atual, assinado em 2018, vence no fim de 2019.
2 - Negociação de valor fixo e substituição de aumento salarial para empregados horista e congelamento ou redução da meritocracia para mensalistas.
3 - Negociação do PPR com revisão das regras de aplicação, prevalência da proporcionalidade transição para aplicação de equivalência salarial e inclusão de produtividade.
4 - PPR zero em 2019, de 50% em 2020 e integral em 2021.
5 - Suspensão das contribuição da GMB à Previdência por 12 meses
6 - Alteração do plano médico.
7 - Implementação de trabalho intermitente por acordo coletivo e individual.
8 - Terceirização de atividades meio e fim.
9 - Jornada de trabalho de 44 horas semanais para novas contratações.
10 - Piso salarial de R$ 1.300,00. (O atual está em torno de R$ 1.570,00).
11 - Redução do período de complementação do auxílio previdenciário para 60 dias para um evento no ano.
12 - Renovação de acordos de flexibilidade.
13 - Rescisão no curso de afastamento para empregados com tempo para aposentadoria.
14 - Desconsideração de horas extraordinárias.
15 - Trabalho em regime de tempo parcial.
16 - Jornada especial de trabalho (12/36 horas).
17 - Ajuste na cláusula de férias com parcelamento previsto em lei.
18 - Regramento do contrato de trabalho intermitente.
19 - Implicabilidade de isonomia salarial acima dos 48 meses para grade nova.
20 - Cláusula regrando a adoção de termo de quitação anual de obrigações trabalhistas.
21 - Congelamento da política de progressão salarial horista por 12 meses.
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