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Economia

- Publicada em 24 de Janeiro de 2019 às 19:58

GM se reúne com sindicalistas para tratar do futuro da fábrica de Gravataí

Planta gaúcha, uma das unidades mais eficientes da GM no mundo, passa por terceira ampliação

Planta gaúcha, uma das unidades mais eficientes da GM no mundo, passa por terceira ampliação


ANTONIO PAZ/JC
A General Motors fará reunião neste sábado (26) com dirigentes sindicais que representam funcionários da fábrica da montadora em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), para tratar do comunicado recente do comando da companhia de que pode haver revisão da presença no País.
A General Motors fará reunião neste sábado (26) com dirigentes sindicais que representam funcionários da fábrica da montadora em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), para tratar do comunicado recente do comando da companhia de que pode haver revisão da presença no País.
Alegando que a operação precisa ser lucrativa ainda em 2019, o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, que esteve em Gravataí em 2017 para anunciar a terceira ampliação da unidade, reproduziu manifestação da presidente mundial, Mary Barra, dando sinais de que estaria considerando sair da América do Sul devido à queda em resultados.
A reunião foi pedida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra), pois a base de 2,6 mil funcionários diretos da GM - que sobe a mais de 6 mil com os quadros de sistemistas instaladas no complexo -, não havia sido incluída em encontros do começo da semana em que a empresa apresentou uma lista de condições para permanecer no País.
Desde que surgiu a ameaça da companhia de sair do País, o clima no interior da fábrica é de insegurança sobre o futuro. Muitos empregados duvidam que o fechamento seria possível e que o comunicado pode ser parte de uma estratégia para reduzir custos por meio de revisão de benefícios e direitos dos empregados, acertados em acordos coletivos.
O encontro está previsto para as 9h na sede da fábrica, às margens da BR-290 (trecho da freeway). O diretor jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra), Edson Dorneles, diz que o diretor de relações trabalhistas da GM, Arthur Bernardo Neto, e integrantes da área de recursos humanos da unidade vão se sentar com 27 diretores sindicais que fazem parte do quadro da fábrica.
"Até o presente momento não temos nenhuma formalização da dita reestruturação da GM", alegou Dorneles, esclarecendo que a reunião foi solicitada pelo sindicato para tratar de informações que foram levadas a um encontro com sindicalistas na base das fábricas de São Paulo na quarta-feira (23). Após anúncio de planos de saída, sindicato e prefeitura da cidade preferiram desacreditar a medida.
A lista tem 28 itens que tratam de piso salarial, participação nos lucros, fim do transporte fretado, adoção da jornada intermitente e fim da estabilidade de emprego para lesionados, entre outros (confira a lista no fim do texto).  
A planta gaúcha, que tem a maior capacidade de produção da marca no País, é uma das unidades mais eficientes no mundo. A unidade também está quase completando a ampliação. A planta foi inaugurada em 1999. Este ano estreará uma nova plataforma de veículos. O investimento é de R$ 1,5 bilhão e faz parte do ciclo atual de aportes no Brasil.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), aguarda resposta sobre pedido de reunião com a direção da montadora na sede em São Caetano do Sul, em São Paulo. A expectativa é de que o encontro ocorra nos próximos dias, informou a assessoria do Palácio Piratini. Leite vai buscar explicações sobre os motivos do comunicado e se há demandas para o Estado.
Em São Paulo, a empresa pediu ao governador João Doria (PSDB) a antecipação do crédito a que têm direito do Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços (ICMS). Outras montadores situadas no estado mais rico do País também estão pedindo o mesmo adiantamento. A partir dessas informações, o governador emitirá uma posição ou tomará alguma medida. A GM está enquadrada no programa de incentivo fiscal Fundopem, baseado no tributo gerado.
Em comunicado enviado aos funcionários por e-mail e também fixado no quadro de avisos das cinco fábricas do grupo no Brasil, o presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, informou na sexta-feira (18) que "investimentos e o futuro" do grupo na região dependem da volta da lucratividade das operações ainda este ano. O aviso foi entendido pelos trabalhadores como uma ameaça de deixar o País.
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Zarlenga, na foto com o ex-governador José Ivo Sartori em 2017, condicionou permanência no Brasil a dar lucro
Zarlenga reproduziu no seu comunicado matéria publicada recentemente pelo jornal Detroit News afirmando que, ao divulgar o balanço financeiro de 2018 aos acionistas, a presidente mundial da companhia, Mary Barra, deu sinais de que está considerando sair da América do Sul, onde mantém fábricas no Brasil e na Argentina.

GM apresentou 28 itens a sindicalistas

1. Negociação da PLR com revisão de regras de aplicação, prevalência da proporcionalidade, transição para equivalência salarial e inclusão da produtividade (Absenteísmo)
2. PLR por 3 anos sendo, 0% no 1º ano (2019), 50% no 2º e 100% no 3º ano
3. Nova grade salarial para toda a Planta de SJC para horistas e mensalistas, progressão salarial com congelamento para o ano de 2019 e nova tabela salarial, inclusive para cargos especializados
4. Formalização de acordo coletivo de longo prazo, 2 anos e renováveis por mais 2 anos
5. Negociação de valor fixo em substituição ao aumento salarial para os horistas e meritocracia para os mensalistas, sendo, 0% no 1º ano (2019), 60% no 2º e 100% (da inflação) no 3º ano
6. Implementação do trabalho intermitente por acordo individual e coletivo
7. Terceirização de atividades meio e fim
8. Jornada de trabalho de 44 horas semanais para contratações novas
9. Piso Salarial de R$ 1.600,00 
10. Redução do adicional noturno para percentual previsto em Lei (20%)
11. Supressão de pagamento de hora extra, com adicional diferenciado limite de 29,275 horas
12. Redução do período de complementação do auxilio previdenciário para 60 dias, limitado a 1 evento (afastamento) por ano*
13. Introdução de cláusula no acordo coletivo de trabalho regulando a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho (layoff)
14. Revisão, inclusão, exclusão de adequação das cláusulas sociais
15. Exclusão da garantia de emprego aos empregados Acidentados
16. Cláusula regrando a adoção de termo de quitação anual de obrigações trabalhistas
17. Acordo específico de flexibilidade de jornada de trabalho por meio do banco de horas
18. Rescisão no curso do afastamento para empregados com tempo para aposentadoria
19. Desconsideração de horas extras extraordinária
20. Trabalho em regime de tempo parcial
21. Jornada especial de 12 por 36
22. Ajuste na cláusula de férias com parcelamento previsto na lei
23. Inaplicabilidade de isonomia salarial acima de 48 meses para grade nova
24. Suspensão da contribuição da GMB por 12 meses do PreviGM
25. Alteração do Plano Médico
26. Renovação dos acordos e flexibilidades existentes
27. Manter o acordo de manutenção e escala sem pagamento das folgas
28. Fim do subsídio do transporte ou inclusão de linhas regulares
Fonte: Sinmgra
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