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Relações Internacionais

- Publicada em 22 de Janeiro de 2019 às 22:24

Bolsonaro defende maior abertura comercial e quer reforma da OMC

Jair Bolsonaro fez discurso no primeiro dia do encontro em Davos

Jair Bolsonaro fez discurso no primeiro dia do encontro em Davos


/ALAN SANTOS/PR/JC
O presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu uma maior abertura comercial do Brasil e a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) em seu curto discurso no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, ontem. "Buscaremos integrar o Brasil ao mundo também por meio de uma defesa ativa da reforma da OMC, com a finalidade de eliminar práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais", afirmou.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu uma maior abertura comercial do Brasil e a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) em seu curto discurso no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, ontem. "Buscaremos integrar o Brasil ao mundo também por meio de uma defesa ativa da reforma da OMC, com a finalidade de eliminar práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais", afirmou.
Bolsonaro não mencionou explicitamente nomes de reformas no discurso, mas ressaltou que pretende diminuir a carga tributária, simplificar as normas com o objetivo de "facilitar a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos" no Brasil. "Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios."
Ainda aos investidores e políticos presentes em Davos, Bolsonaro garantiu que vai trabalhar pela estabilidade macroeconômica do Brasil e prometeu respeitar os contratos, privatizar e equilibrar as contas públicas.
No comércio internacional, Bolsonaro destacou que o Brasil é uma economia relativamente fechada e que seu governo tem como compromisso "mudar essa condição". "Nossas relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir", disse ele. "Para isso, buscaremos integrar o Brasil ao mundo, por meio da incorporação das melhores práticas internacionais, como aquelas que são adotadas e promovidas pela OCDE", completou.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou também que espera ter dos membros do parlamento o apoio ao combate à corrupção e à lavagem de dinheiro. Ao ressaltar mais uma vez que a equipe de ministros foi indicada de forma técnica, Bolsonaro disse que o governo dele depende do Congresso Nacional. "Precisamos, sim, do Parlamento brasileiro e confiamos que eles darão respaldo no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro", disse o presidente.
Ao final do discurso, Bolsonaro prometeu que vai defender a família e os "verdadeiros" direitos humanos, além de proteger o direito à vida e à propriedade privada e "promover uma educação que prepare a juventude para os desafios da quarta revolução industrial". "Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia."

Fala destacou credibilidade para fazer as reformas

O presidente Jair Bolsonaro disse, em seu discurso em Davos, que seu governo goza de credibilidade para fazer reformas das quais o país precisa e que o mundo espera. "Temos o compromisso de mudar nossa história", afirmou o dirigente na plenária de abertura do Fórum Econômico Mundial, sem mencionar explicitamente quais reformas pretende fazer ou sequer citar a reforma da Previdência.
"Pela primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Honrando o compromisso de campanha, não aceitando ingerências político-partidárias que, no passado, apenas geraram ineficiência do Estado e corrupção", disse Bolsonaro, citando a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, como o "homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro".
Bolsonaro prometeu ao público do Fórum Econômico Mundial investir pesado em segurança e convidou os presentes a visitar o Brasil com suas famílias, para conhecer locais como a Amazônia, as praias e o Pantanal. "Somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido!", afirmou.
O Brasil, assegurou Bolsonaro, é o país que mais preserva o meio ambiente. "Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural", disse ele, destacando que menos de 20% do solo é dedicado à pecuária. "Essas commodities, em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo."
"Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis", disse Bolsonaro em seu discurso, ainda ao falar sobre o meio ambiente.
O presidente da República ressaltou em seu discurso que, nas eleições, sua campanha gastou "menos de US$ 1 milhão", teve apenas oito segundos de tempo de propaganda gratuita na televisão e que foi "injustamente atacado a todo tempo", mas, mesmo assim, conseguiu a vitória. "Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica."
Bolsonaro começou seu discurso dizendo a frase "o Brasil precisa de vocês", expressão não incluída em seu plano oficial distribuído à imprensa. Após o improviso inicial, voltou ao discurso preparado e ressaltou que esta é a primeira viagem internacional que realiza após a eleição, prova da importância que atribui às pautas que este fórum tem promovido e priorizado.
"Esta viagem prova da importância que atribuo às pautas que este fórum promove", disse ele. "Esta viagem também é para mim uma grande oportunidade de mostrar para o mundo o momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo Brasil que estamos construindo."