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Agronegócios

- Publicada em 21 de Janeiro de 2019 às 01:00

Produtores de arroz pedem secutirização no Estado

As fortes enchentes que ocorreram nos municípios da Metade Sul destruíram diversas lavouras gaúchas

As fortes enchentes que ocorreram nos municípios da Metade Sul destruíram diversas lavouras gaúchas


/AGROEFFECTIVE/DIVULGAÇÃO/JC
Diante do quadro de endividamento, baixa produtividade e perdas por enchentes, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) informou que não vê outra alternativa, diante do objetivo do País de manter a segurança alimentar em 2020, de entrar com pedido para securitização (quando a dívida é vendida em forma de títulos para outros investidores) para a Metade Sul do Estado. A entidade considera necessária esta medida, pois os produtores de arroz, hoje, também estão investindo em soja e, sobretudo, pelos problemas enfrentados nas lavouras que levaram os orizicultores a perderem volumes consideráveis nas duas culturas.
Diante do quadro de endividamento, baixa produtividade e perdas por enchentes, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) informou que não vê outra alternativa, diante do objetivo do País de manter a segurança alimentar em 2020, de entrar com pedido para securitização (quando a dívida é vendida em forma de títulos para outros investidores) para a Metade Sul do Estado. A entidade considera necessária esta medida, pois os produtores de arroz, hoje, também estão investindo em soja e, sobretudo, pelos problemas enfrentados nas lavouras que levaram os orizicultores a perderem volumes consideráveis nas duas culturas.
Conforme o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, a Metade Sul é caracterizada pela sua predominância na agropecuária, sendo que o arroz é o produto mais importante seguido pelo gado e pela soja. Explica que o agravante ocorre ainda para os produtores que, no ano passado, realizaram operações de renegociação junto ao sistema financeiro e que, agora, estão perdendo sua produção e acumulando dois vencimentos em um ano só. "A situação que foi relatada por nós agravou-se devido ao retorno das chuvas e das cheias, especialmente por grandes rios, como o Rio Uruguai, que começou a fazer suas vítimas, e pelo Rio Ibicuí, que cresce de forma assustadora", salienta.
Volumes históricos de 600 a 700 milímetros de chuvas já foram constatados nas regiões atingidas nos últimos 10 dias. Além disso, observa o presidente da Federarroz, os afluentes de rios como o Ibirapuitã e o próprio Ibicuí se mantiveram em níveis mais altos, o que agravou a situação não só pelo aumento dos rios Uruguai, Ibicuí, Quaraí, Santa Maria e Rio Negro, mas pela permanência do nível do Ibirapuitã, que deixou imersas por mais de uma semana lavouras de arroz na região. "Com isso, essas perdas passam a ser consolidadas e consideráveis. Então a previsão de quebra anunciada pela Federarroz já não é mais uma realidade em função do clima na semana passada", relata Dornelles.
O dirigente acrescenta que, além das cheias com a permanência da elevação dos níveis dos rios, na semana que passou, a baixa radiação solar foi uma constante, o que agrava, de forma generalizada, a quebra de produtividade do arroz. O pedido de securitização tem como objetivo garantir pelo menos uma safra de 800 a 900 mil hectares. Para Dornelles, isso se justifica porque, nos últimos quatro anos, em dois ocorreram problemas climáticos com cheias, e, em pelo menos um ano (2018), houve crise de preços. "O produtor, nos últimos quatro anos, teve um período mínimo para garantir lucro e tentar um resultado positivo", afirma.
A Federarroz argumenta que os próprios bancos possuem normativas específicas com o objetivo de realizar prorrogações desses contratos e que já está trabalhando para disponibilizar recursos de Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEPM), que é quando o produtor recebe estímulo para segurar a safra e vender quando as cotações estiverem em patamares melhores, ou seja, para que os produtores realizem contratos de capitalização e possam vender o grão somente no segundo semestre. A entidade também ratifica aos produtores que os preços serão majorados de forma significativa, pois a oferta estará pouco aquém da procura e o baixo estoque de passagem existente será consumido a partir do ano comercial, que se inicia em 1 de março.

Prazo para regularizar irrigação acaba em fevereiro

O prazo para regularização dos empreendimentos que desenvolvem atividades de irrigação e que estejam operando sem licenciamento ambiental termina no próximo dia 17 de fevereiro, avisa a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). As regras estabelecidas para esse tipo de ação no Estado foram estabelecidas com a Resolução nº 323/2016 do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) em 2016, com validade a partir de 2017, informa a Divisão de Culturas Agrícolas do Departamento Agrossilvipastoril da Fepam.

Os responsáveis por empreendimentos com atividades de irrigação podem consultar a resolução para verificar se a competência para o licenciamento é do órgão ambiental estadual ou dos órgãos municipais licenciadores. Para dúvidas, contatar o telefone
(51) 3288-9491 ou pelo e-mail [email protected].