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Economia

- Publicada em 13 de Janeiro de 2019 às 21:51

Negociações com japoneses devem reativar Estaleiro EBR

Trabalhos em São José do Norte estão parados desde fevereiro de 2018

Trabalhos em São José do Norte estão parados desde fevereiro de 2018


/ANTONIO PAZ/arquivo/jc
Jefferson Klein
Praticamente parado desde que a plataforma de petróleo P-74 deixou o Estado no ano passado, o Estaleiro EBR, em São José do Norte, procura novas demandas para fugir da ociosidade. A expectativa é de que um contrato com a Modec (empresa japonesa ligada ao segmento da indústria naval) possa alterar esse panorama.
Praticamente parado desde que a plataforma de petróleo P-74 deixou o Estado no ano passado, o Estaleiro EBR, em São José do Norte, procura novas demandas para fugir da ociosidade. A expectativa é de que um contrato com a Modec (empresa japonesa ligada ao segmento da indústria naval) possa alterar esse panorama.
Em vídeo postado em uma rede social, o deputado estadual Fábio Branco (MDB) afirma que recebeu a informação da direção do estaleiro EBR que o complexo gaúcho estava participando de uma licitação da Modec, para a construção de módulos de plataformas, e venceu a disputa (pelo menos quanto ao custo mais vantajoso). "No preço foi vencedora e agora estão nas etapas finais da conclusão do processo e, em fevereiro e março, já começariam as contratações", diz o parlamentar. Ele adianta que o novo contrato significaria a criação de 1 mil vagas diretas e cerca de 1,5 mil indiretas de emprego. O acordo, segundo Branco, prevê um ano para a construção dos módulos. O parlamentar lembra que, em 2018, o estaleiro EBR já havia participado de uma concorrência semelhante, para a mesma companhia, entretanto saiu derrotado.
Já o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte, Sadi Machado, prefere ter mais cautela quanto à confirmação do acerto. O sindicalista informa que pessoas ligadas à Modec fizeram três visitas ao estaleiro EBR e pediram para a unidade implementar algumas alterações técnicas. A planta fez essas mudanças, conforme Machado, e agora deve ser realizada uma nova visita técnica ainda neste mês. Após essa medida, prossegue o dirigente, abrirá a possibilidade da Modec fazer um ou dois módulos no Rio Grande do Sul.
O sindicalista acrescenta que, confirmada a encomenda, a expectativa de geração de postos de trabalho não é tão elevada quanto à mencionada pelo deputado, mas sim de 300 a 500 empregos, em sete meses de obras. "Não tem nada garantido ainda, a Modec está interessada em fazer o módulo no estaleiro (EBR), contudo depende de ajustes técnicos", frisa. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos recorda que no ano passado o EBR perdeu a disputa da construção de outros módulos encomendados pela companhia japonesa para o estaleiro Brasfels, no Rio de Janeiro.
Machado enfatiza que desde fevereiro de 2018, com a saída da plataforma P-74 (com exceção de um reparo de navio que durou 40 dias), o estaleiro EBR encontra-se estagnado. A mesma situação verifica-se hoje nos estaleiros QGI e Ecovix, em Rio Grande. O sindicalista calcula que, entre manutenção e outras atividades, essas três unidades empreguem atualmente em torno de 300 pessoas. Em 2013, lembra o dirigente, o polo naval gaúcho chegou a gerar cerca de 20 mil empregos. O Jornal do Comércio tentou entrar em contato com a direção do EBR e com o deputado Fábio Branco para ampliar as informações sobre o negócio com a Modec, mas não obteve retorno.
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