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Economia

- Publicada em 10 de Janeiro de 2019 às 22:24

Rio Grande do Sul registra queda no consumo de gasolina

Poder aquisitivo do consumidor somado ao elevado preço do combustível justificam o desempenho

Poder aquisitivo do consumidor somado ao elevado preço do combustível justificam o desempenho


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jefferson Klein
Tudo indica que o Rio Grande do Sul diminuiu o consumo de gasolina no ano passado. Conforme o diretor da consultoria ES-Petro, Edson Silva, o último dado disponibilizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que leva em conta o acumulado de janeiro até novembro de 2018, indica uma redução de 4,1%. O analista destaca que o desempenho do mês de dezembro, muito dificilmente, deve ter revertido o resultado negativo.
Tudo indica que o Rio Grande do Sul diminuiu o consumo de gasolina no ano passado. Conforme o diretor da consultoria ES-Petro, Edson Silva, o último dado disponibilizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que leva em conta o acumulado de janeiro até novembro de 2018, indica uma redução de 4,1%. O analista destaca que o desempenho do mês de dezembro, muito dificilmente, deve ter revertido o resultado negativo.
Silva credita esse cenário ao impacto no poder aquisitivo do consumidor, somado ao elevado preço do combustível. Em Porto Alegre, por exemplo, de 30 de dezembro a 5 de janeiro, segundo levantamento da ANP, o preço médio cobrado pela gasolina ao consumidor era de R$ 4,511 por litro. Já o custo do diesel ficou em R$ 3,341. No entanto, o consultor adianta que, pelo menos em curto prazo (nos próximos meses), a tendência é de recuo da cotação do petróleo no mercado internacional e a consequente redução dos preços do diesel e da gasolina no Brasil.
O diretor da ES-Petro argumenta que a política de corrigir os preços dos combustíveis de uma forma quase que imediata adotada pela Petrobras ainda desestabiliza a cadeia do setor. Silva ressalta que a medida contribuiu para que a estatal recuperasse os prejuízos que vinha sofrendo, mas, do ponto de vista do custo para o consumidor, essa política não trouxe resultado. "E se o dono de posto comprar a gasolina da distribuidora a um preço X e no dia seguinte o custo baixar, ele vai ficar no prejuízo", frisa. O analista acrescenta que, na ponta, o consumidor não vê o preço cair na mesma proporção que na refinaria.
O presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua, diz que 2018 foi um ano muito duro para os revendedores. "Aliás, desde que iniciou a nova precificação da Petrobras (em vigor há mais de 17 meses), com alterações quase diárias, tem sido um período de muito sacrifício e aprendizagem para o setor", enfatiza. Além dessa situação, o dirigente recorda da ocorrência da greve dos caminhoneiros, que fez com que faltasse combustíveis em diversos postos do País.
Esse panorama, ressalta Dal'Aqua, fez com que os motoristas adotassem hábitos mais racionais de consumo. Para 2019, o presidente do Sulpetro está mais otimista. "Mas, com o pé no chão, porque todo mundo aprendeu os valores das coisas, não só com o combustível", reitera. O dirigente admite que o preço da gasolina continua caro e salienta que incide sobre o produto uma pesada carga tributária, de quase 50%.
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