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Economia

- Publicada em 09 de Janeiro de 2019 às 22:32

Governo pretende fechar as portas da gaúcha Ceitec

Além de atuar em diversos segmentos, empresa desenvolveu o chip do passaporte, engavetado pela União

Além de atuar em diversos segmentos, empresa desenvolveu o chip do passaporte, engavetado pela União


/JOÃO MATTOS/arquivo/JC
O governo deve fechar as portas até março da Ceitec, estatal federal com sede em Porto Alegre, que produz chips para diferentes segmentos. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, todos os empregados serão demitidos e os ativos serão vendidos para pagar dívidas. A liquidação deve ser aprovada pelo conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), colegiado formado por ministérios e bancos públicos, além da Presidência da República. A reunião que deve sacramentar a decisão será realizada em fevereiro.
O governo deve fechar as portas até março da Ceitec, estatal federal com sede em Porto Alegre, que produz chips para diferentes segmentos. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, todos os empregados serão demitidos e os ativos serão vendidos para pagar dívidas. A liquidação deve ser aprovada pelo conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), colegiado formado por ministérios e bancos públicos, além da Presidência da República. A reunião que deve sacramentar a decisão será realizada em fevereiro.
Criada em 2008 pelo ex-presidente Lula, a Ceitec é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A empresa atua na área de dispositivos microeletrônicos e fabrica chips para identificação e rastreamento de produtos, medicamentos e animais.
A fábrica na capital gaúcha tem 194 empregados, com salário médio de R$ 8,6 mil. A empresa recebeu subvenção do Tesouro Nacional de R$ 75 milhões em 2017, além de um Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) de R$ 1,232 milhão. O grau de dependência de recursos do Tesouro é de 94% e o patrimônio líquido da empresa é de R$ 105 milhões.
Atualmente, a Ceitec comercializa chips veiculares utilizados em pedágios e chips utilizados pelo setor de logística. Também mantém parceria com fabricantes internacionais e está presente com sua tecnologia em impressoras de marcas como HP. Além disso, está em processo de implementação de projeto com a mineradora Vale no âmbito do monitoramento de entregas feitas pelos trens. Outro projeto desenvolvido - e até hoje não comprado pelo governo federal - é o do chip do passaporte. Já existe até um protótipo, mas as negociações não avançaram. Em dezembro passado, a empresa atingiu a marca de 100 milhões de chips vendidos no período de 2012 a 2018. O faturamento no ano alcançou R$ 7 milhões e a expectativa era de chegar a R$ 10 milhões em 2019. E até quadruplicar em breve caso alguns projetos fossem efetivados com clientes privados e considerando a expectativa de que o próprio governo federal se tornasse cliente da tecnologia desenvolvida pela empresa.
Além da Ceitec, o governo federal anunciou a intenção de fechar a Valec, responsável pela construção e administração de ferrovias federais que é dependente de recursos do Tesouro e alvo de denúncias de corrupção.
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