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mercado financeiro

- Publicada em 10 de Janeiro de 2019 às 01:00

Ibovespa bate novo recorde no fechamento

Movimento altista ocorre sem a presença maciça dos estrangeiros

Movimento altista ocorre sem a presença maciça dos estrangeiros


/SUAMY BEYDOUN /AGIF/FOLHAPRESS/JC
Embalados pela perspectiva favorável de uma reforma da Previdência mais contundente aliada a um dia de bom humor nos mercados internacionais, os investidores deflagraram ordens de compra, levando o Ibovespa a renovar máxima histórica por mais um fechamento consecutivo ontem. O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou aos 93.613 pontos, em alta de 1,72% com giro financeiro de R$ 16,523 bilhões. No intraday, o recorde foi de 93.635,82 pontos.
Embalados pela perspectiva favorável de uma reforma da Previdência mais contundente aliada a um dia de bom humor nos mercados internacionais, os investidores deflagraram ordens de compra, levando o Ibovespa a renovar máxima histórica por mais um fechamento consecutivo ontem. O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou aos 93.613 pontos, em alta de 1,72% com giro financeiro de R$ 16,523 bilhões. No intraday, o recorde foi de 93.635,82 pontos.
Analistas notam que o movimento altista ocorre sem a presença maciça dos investidores estrangeiros, que ainda ensaiam a entrada na renda variável local. Segundo a B3, em janeiro, os investimentos de não-residentes acumulam saldo negativo de R$ 1,917 bilhão. Relatório do J.P.Morgan divulgado a clientes traz indicação de compra. No entanto, ressaltam que é importante manter um olho na política e no risco que envolve a execução da reforma da Previdência.
Alexandre Espirito Santo, economista da Órama Investimentos, nota que, em dólares, o Ibovespa já contabiliza alta de 12% apenas nos seis pregões deste ano - considerando os ganhos de 6,51% nominais e uma queda de 4,96% da divisa americana.
Do ponto de vista local, fundos de investimento multimercado e de ações compram posições com o noticiário apontando o que acham ser maior probabilidade de a reforma mais importante para o lado fiscal passar. O pregão teve início no positivo, refletindo as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, no sentido de as novas regras contemplarem a capitalização e outras medidas mais duras. Depois, a continuidade da aglutinação de partidos em apoio declarado à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Os partidos que se juntaram ao bloco somam 247 deputados. Para ganhar em primeiro turno, Maia precisa da maioria absoluta dos votos (257). Recentemente, ele disse que a reforma da Previdência é sua prioridade.
Em meio ao otimismo do mercado local, as ações ordinárias do Banco do Brasil destoavam em queda das outras blue chips, fechando com recuo de 0,27%, a R$ 47,80. Os papéis Bradesco PN fecharam em alta de 1,72% e Itaú Unibanco PN em alta de 1,52% e as units do Santander avançaram 1,38%. Já as ações da Petrobras subiram mais de 2%.
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Cotação do dólar cai a R$ 3,6833

O dólar teve novo dia de queda e fechou ontem no menor valor desde 26 de outubro do ano passado, quando estava em R$ 3,65. A desvalorização refletiu principalmente a fraqueza da moeda americana no exterior, mas também foi influenciada por expectativas positivas, sobretudo do investidor doméstico, com o avanço de uma reforma da Previdência mais profunda no governo de Jair Bolsonaro. Com isso, o real foi ontem a divisa de país emergente que mais caiu perante o dólar, considerando uma cesta das 24 principais moedas mundiais. O dólar à vista fechou em R$ 3,6833, queda de 0,92%.
O dólar operou em queda durante todo o dia e já pela manhã caiu abaixo do nível de R$ 3,70. Nesta quarta foi a primeira vez que a moeda fechou abaixo desse nível desde 1º de novembro de 2018. Só em 2019, a moeda americana já caiu 5%. Operadores observaram entrada de capital externo, o que ajudou a retirar pressão no câmbio. A queda do risco-país, medido pelo Credit Default Swap (CDS), que nesta quarta recuou para 177 pontos, foi outro fator a contribuir para o desempenho positivo do real. As taxas do CDS foram negociadas nesta quarta-feira no menor nível desde abril do ano passado.

B3 se beneficiará do crescimento econômico, diz Moody's

A expectativa de crescimento da economia e a manutenção da taxa de juros nos atuais patamares deve elevar os resultados da B3, a Bolsa brasileira, diz a agência de classificação de risco Moody's. A B3 centraliza as operações com ações no País e controla também o registro de investimentos em renda fixa, desde a compra da Cetip, em 2017.
"A B3 se beneficiará de volumes maiores de negociação de ações e derivativos relacionados, à medida que as empresas emitirem mais ações em 2019 e os fluxos para gestoras de fundos com foco em ações e multimercados continuarem a aumentar", diz Farooq Khan, vice-presidente assistente da Moody's, em relatório.
O mercado financeiro projeta até 30 novas empresas listadas na Bolsa em 2019. A abertura de capital em Bolsa (IPO, na sigla em inglês) depende, porém, do apetite de investidores estrangeiros, que iniciaram 2019 sacando recursos aplicados no mercado acionário. Em 2018, foram retirados R$ 11,5 bilhões.
O volume médio diário de negociação em Bolsa foi de R$ 12,2 bilhões em 2018. O ano de 2019 começa com média diária de R$ 17 bilhões e recordes de fechamento.
Analistas do mercado financeiro projetam que o Ibovespa, principal índice acionário do país negociado na B3, fechará o ano perto dos 120 mil pontos. Além disso, o mercado de dívida corporativa também deve crescer em 2019, o que impulsiona outro segmento da B3.
"Com a permanência das taxas em patamares baixos por mais tempo e a retomada da atividade corporativa junto com uma recuperação da economia, esperamos que a demanda - e a oferta - de dívida corporativa continuem altas. A B3 registra, negocia e liquida bônus corporativos, ganhando receita", diz ainda Khan.