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Economia

- Publicada em 09 de Janeiro de 2019 às 19:14

Dólar tem nova queda e fecha no menor valor desde 26 de outubro

Agência Estado
O dólar teve novo dia de queda e fechou nesta quarta-feira (9), no menor valor desde 26 de outubro do ano passado, quando estava em R$ 3,65. A desvalorização refletiu principalmente a fraqueza da moeda americana no exterior, mas também foi influenciada por expectativas positivas, sobretudo do investidor doméstico, com o avanço de uma reforma da Previdência mais profunda no governo de Jair Bolsonaro. Com isso, o real foi hoje a divisa de país emergente que mais caiu perante o dólar, considerando uma cesta das 24 principais moedas mundiais. O dólar à vista fechou o dia em R$ 3,6833, com queda de 0,92%.
O dólar teve novo dia de queda e fechou nesta quarta-feira (9), no menor valor desde 26 de outubro do ano passado, quando estava em R$ 3,65. A desvalorização refletiu principalmente a fraqueza da moeda americana no exterior, mas também foi influenciada por expectativas positivas, sobretudo do investidor doméstico, com o avanço de uma reforma da Previdência mais profunda no governo de Jair Bolsonaro. Com isso, o real foi hoje a divisa de país emergente que mais caiu perante o dólar, considerando uma cesta das 24 principais moedas mundiais. O dólar à vista fechou o dia em R$ 3,6833, com queda de 0,92%.
O dólar operou em queda durante todo o dia e já pela manhã caiu abaixo do nível de R$ 3,70. Nesta quarta foi a primeira vez que a moeda fechou abaixo desse nível desde 1º de novembro de 2018. Só em 2019, a moeda americana já caiu 5%. Operadores observaram entrada de capital externo, o que ajudou a retirar pressão no câmbio. A queda do risco-país, medido pelo Credit Default Swap (CDS), que nesta quarta recuou para 177 pontos, foi outro fator a contribuir para o desempenho positivo do real. As taxas do CDS foram negociadas nesta quarta-feira no menor nível desde abril do ano passado.
"O dólar ficou fraco nesta quarta no mundo inteiro", observa o gestor da Absolut Investimentos, Fabiano Rios. A fraqueza da moeda americana no exterior, aliada a notícias locais favoráveis, ajudou a alimentar o apetite por ativos de risco do Brasil, sobretudo pelo investidor local, ressalta ele. Entre os estrangeiros, porém, o clima é um pouco mais cauteloso com o Brasil. O banco JPMorgan reiterou nesta quarta a recomendação de performance "acima da média do mercado" (overweight) para a bolsa brasileira, mas alertou para o "risco de complacência" com o país, afirmando que é preciso manter o "olho aberto na política e no risco de execução" da reforma da Previdência. O banco afirma que Bolsonaro está indo no caminho certo, com uma agenda liberal de reformas, privatizações e melhora do ambiente para se fazer negócios no Brasil. Na terça à noite, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o objetivo é enviar uma reforma da Previdência mais profunda ao Congresso, com maior economia fiscal.
No final do dia, já perto do fechamento, a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fez o dólar à vista acelerar um pouco o ritmo de queda. O documento mostra que os dirigentes pretendem ser "pacientes" no processo de elevação de juros na maior economia do mundo. Para os analistas da Continuum Economics, a ata mostrou os dirigentes do Fed dispostos a fazer um pausa, na medida em que não há pressões inflacionárias nos EUA. Este movimento tem ajudado a enfraquecer o dólar na economia mundial. A expectativa pela resolução dos conflitos comerciais entre a China e os Estados Unidos também tem contribuído para a queda do dólar no exterior e por elevar a busca por risco dos investidores.
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