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Economia

- Publicada em 03 de Janeiro de 2019 às 14:25

Reunião em Brasília analisa futuro da dragagem no Porto do Rio Grande

Obras no porto do Rio Grande não poderão ser retomadas até esclarecimento sobre surgimento de lama

Obras no porto do Rio Grande não poderão ser retomadas até esclarecimento sobre surgimento de lama


SUPRG/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Atualizada às 19h de 03/01/2019
Atualizada às 19h de 03/01/2019
Reunião em Brasília na tarde desta quinta-feira (3) analisou o futuro da dragagem no Porto do Rio Grande, um dos maiores do País e principal porta de exportação de produtos do Rio Grande do Sul, como soja e veículos. Técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e do porto tiveram encontro na sede do instituto para avaliar o impacto da obra, que está parada desde o dia 17 de dezembro por orientação do Ibama e depois por liminar concedida pela Justiça Federal no Rio Grande do Sul.   
No despacho, o juiz Adérito Martins Nogueira Júnior, da 1ª Vara da Justiça Federal de Rio Grande, determinou que as atividades não poderão ser retomadas até que o Ibama se posicione sobre "as circunstâncias do episódio de deposição de lama", desde começo de dezembro. Até as 19h, Ibama e porto não havia se manifestado sobre o resultado da reunião.
O impasse é gerado pelo surgimento de lama na água, que afetou a praia do Cassino, a principal da Zona Sul do Estado e que tem grande movimento nesta época do ano, e causou repercussão na comunidade. O impacto da dragagem, que tem recursos federais e é necessária para ampliar as condições de navegação de cargas, gerou ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF). 
Segundo a Superintendência do porto, a chefe da Divisão de Ambiente, Saúde e Segurança, Mara Núbia de Oliveira, e mais uma técnica foram à reunião. As duas representantes levaram a documentação sobre a obra, que foi licenciada pelo porto, que é o empreendedor do projeto. A Secretaria Nacional de Portos aporta os recursos da União.
Mesmo com a importância da dragagem para a atividade econômica, o porto determinou a paralisação dos trabalhos tão logo o MPF solicitou esclarecimento e pedir administrativamente a interrupção, até se detectar a causa da lama. A medida durou um dia, em 13 de dezembro, pois logo depois a secretaria nacional mandou retomar a execução. O Ibama solicitou a paralisação no dia 17, e depois a Justiça reforçou a suspensão com uma liminar.   
Caso a obra reinicie, o juiz decidiu que ficará afastada a utilização da técnica do overflow até a implantação e o funcionamento do sistema de monitoramento completo planejado. O uso da técnica já havia sido suspenso pela Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg) no fim de novembro para avaliar se o procedimento estava influenciando a ocorrência de lama no Cassino.
Pelo overflow, parte da água que foi dragada é devolvida ao ambiente. A operação é inerente ao processo de dragagem e foi autorizada pelo Ibama em Rio Grande. Também é seguida em todas as outras dragagens que ocorrem no Brasil e no mundo.

Entenda o caso

O aparecimento de uma grande quantidade de lama em trecho da praia intriga os órgãos públicos e a população local. A suspeita é de que o fato possa ter relação com as obras de dragagem do porto do Rio Grande, iniciadas no final de outubro.
De acordo com a última nota técnica do Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SIMCosta/Furg), a deposição da lama foi causada pela ação de um ciclone extratropical, mas a origem precisa do sedimento e a eventual influência dos trabalhos de dragagem, no entanto, seguem sob investigação.
A liminar ainda intima que o Ibama "além da análise do material já recebido da Suprg acerca do caso ora tratado, delibere de maneira específica, por meio do seu corpo técnico, também sobre a definição da causa da pluma documentada nas imagens reproduzidas na peça inicial deste processo e sua eventual correlação com a deposição de lama na praia do Cassino".
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