As contas do governo fecharam o mês de novembro com um rombo de R$ 16,2 bilhões, informou nesta quinta-feira (27) o Tesouro Nacional. Foi o terceiro pior novembro para as contas públicas desde 1997, quando teve início a série histórica. No mesmo mês do ano passado, o saldo foi positivo em R$ 1,3 bilhão.
No ano, entre janeiro e novembro, as contas públicas estão no vermelho em R$ 88,5 bilhões. Apesar de alto, o número é 17,9% menor que os valores registrados no mesmo período do ano passado, quando o rombo era de R$ 103 bilhões.
Com esse resultado, o governo federal deve fechar 2018 bem abaixo da meta programada para este ano. O déficit (despesas maiores que receitas) programado é de até R$ 159 bilhões. O secretário substituto do Tesouro, Otávio Ladeira, afirmou que a previsão do governo é de um rombo entre R$ 129 bilhões e R$ 139 bilhões.
As receitas do governo federal fecharam o mês de novembro com uma queda de 10,4% na comparação com 2017. Esse resultado é explicado principalmente devido a um leilão de usinas hidrelétricas realizado no ano passado, o que elevou a base de comparação da arrecadação.
Além disso, houve um aumento das transferências de receitas da União para estados e municípios. Isso ocorreu porque subiu a arrecadação de tributos que precisam ser divididos com os governos regionais.
Já as despesas federais subiram 5,4% em novembro. O número foi puxado por um gasto maior do governo custeio da máquina pública. No mês passado, a Previdência Social registrou déficit de R$ 18 bilhões. Banco Central e Tesouro contribuíram com um saldo positivo de R$ 1,8 bilhão. "A piora do resultado da Previdência é o que justifica a piora do resultado do governo como um todo", disse Ladeira.