Os economistas do mercado financeiro atualizaram as principais previsões para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018 e 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano caiu de 3,71% para 3,69%. Há um mês, estava em 3,94%. A projeção para o índice no próximo ano recuou de 4,07% para 4,03%. Quatro semanas atrás, indicava 4,12%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00% pela 77ª semana seguida. No caso de 2021, a expectativa manteve-se em 3,75%. Há quatro semanas, a previsão era de inflação de 3,86% em 2021.
A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está abaixo do centro da meta deste ano, de 4,5%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
No dia 7, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de novembro registrou deflação de 0,21%. No ano, o índice acumula alta de 3,59% e, em 12 meses, de 4,05%.
Há duas semanas, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado, o BC projeta IPCA de 3,7% em 2018, 3,9% em 2019 e 3,6% em 2020.
No Focus de hoje, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 caiu de 3,74% para 3,66%. Para 2019, a estimativa do Top 5 caiu de 3,98% para 3,96%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,80% e 4,20%, respectivamente.
No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto quatro semanas atrás.
A projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis passou de 3,68% para 3,69%, conforme o Relatório. Houve 93 respostas para esta estimativa no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,88%.
No caso de 2019, a expectativa do IPCA dos últimos cinco dias úteis caiu marginalmente, de 4,04% para 4,03%. Há um mês, estava em 4,10%.
Há duas semanas, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado, o BC projeta IPCA de 3,7% em 2018, 3,9% em 2019 e 3,6% em 2020.
Selic no fim de 2019 recua de 7,50% para 7,25% ao ano
Após a última decisão de 2018 sobre os juros anunciada há duas semanas, economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a Selic (a taxa básica) para o fim de 2019. O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje que a mediana das previsões para a Selic no próximo ano caiu de 7,50% para 7,25%. Há um mês, analistas previam 7,75%.
A projeção para a Selic no fim de 2020 não foi alterada e manteve-se em 8,00%, número repetido pelos economistas há oito semanas. No caso de 2021, a projeção também seguiu em 8,00%, pela 77ª pesquisa seguida.
Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela sexta vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que o juro tende a permanecer no atual nível - o mais baixo da história - pelo menos nos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro. Entre as indicações, o colegiado avaliou que, desde o encontro anterior, de outubro, houve alta do risco de a ociosidade na economia produzir inflação abaixo do esperado.
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2019 caiu de 7,00% ao ano para 6,50%, ante 7,00% de um mês antes. No caso de 2020 e 2021, a previsão seguiu em 8,00%. Há um mês, a expectativa era de juro a 8,00% no fim de 2020 e 8,00% em 2021.
Alta do PIB de 2018 segue em 1,30%
A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano seguiu em 1,30%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento ligeiramente mais forte, de 1,39%. Para 2019, o mercado reduziu marginalmente a previsão de alta do PIB, de 2,55% para 2,53%, ante 2,50% de um mês antes.
Na semana passada, o BC reduziu sua projeção para o PIB em 2018, de 1,4% para 1,3%. A instituição manteve sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 2,4%. Essas atualizações foram feitas por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
No fim de novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 0,8% no terceiro trimestre, ante o segundo trimestre. Em relação ao terceiro trimestre de 2017, houve alta de 1,3%.
No relatório Focus, a projeção para a alta da produção industrial de 2018 se manteve em 1,91%. Há um mês, estava em 2,16%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial foi ajustada para cima, de 3,04% para 3,30%, ante 3,02% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 seguiu em 54,00%. Há um mês, estava em 54,10%. Para 2019, a expectativa continuou em 56,40%, ante os 57,13% de um mês atrás.
Câmbio para fim de 2018 sobe de R$ 3,83 para R$ 3,85
Economistas do mercado financeiro elevaram pela quarta semana seguida a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. No relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, a expectativa para a cotação da moeda norte-americana no fim de 2018 subiu de R$ 3,83 para R$ 3,85. Um mês antes, a previsão estava em R$ 3,70. Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 3,80, ante R$ 3,78 de quatro pesquisas atrás.