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Economia

- Publicada em 23 de Dezembro de 2018 às 21:18

Empresas propõem compra de unidade da TAP Manutenção em Porto Alegre

Companhia diz que fechará a unidade até fim de dezembro, mas admite que recebeu propostas

Companhia diz que fechará a unidade até fim de dezembro, mas admite que recebeu propostas


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
Como em uma corrida contra o tempo, funcionários e demitidos da unidade da TAP Manutenção e Engenharia Brasil (TAP M&E), em Porto Alegre, torcem para o desfecho positivo de negociações em andamento que tratam da aquisição dos ativos da companhia. O êxito das investidas pode evitar completamente ou em parte a sentença dada em outubro passado pela direção da empresa portuguesa no Brasil, de que as atividades da unidade da Capital se encerrariam no fim de 2018. 
Como em uma corrida contra o tempo, funcionários e demitidos da unidade da TAP Manutenção e Engenharia Brasil (TAP M&E), em Porto Alegre, torcem para o desfecho positivo de negociações em andamento que tratam da aquisição dos ativos da companhia. O êxito das investidas pode evitar completamente ou em parte a sentença dada em outubro passado pela direção da empresa portuguesa no Brasil, de que as atividades da unidade da Capital se encerrariam no fim de 2018. 
Pelo menos duas empresas estão em tratativas. Uma delas é a francesa Thales, que atua em serviços de manutenção e produtos de aviação com escritório em São Paulo, e que quer o segmento de aviônica da TAP M&E gaúcha - a empresa tem outra unidade no Rio de Janeiro. A segunda interessada é a chinesa Flightparts Componentes e Serviços, com sede em Xiamen, que busca assumir toda a estrutura, comprando pacote completo.   
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Executivos da francesa Thales deixam a unidade dizendo que o assunto é 'confidencial'. Fotos: Patrícia Comunello/Especial
Executivos da Thales estiveram na semana passada na unidade mais de uma vez. Em uma delas, chegaram a entrevistar profissionais ativos e já desligados, sondando sobre trabalho futuro. O Jornal do Comércio tentou obter informações com representantes da companhia francesa no local, mas eles se limitaram a dizer que o assunto era "confidencial". O JC apurou que é grande a chance de a negociação ter sido completada, com a compra da área de aviônica. 
Fontes ligadas à empresa chinesa dizem que já encaminharam proposta com diferentes valores, mas não tiveram resposta da presidência no Brasil. A última oferta foi feita na sexta-feira passada. "Acreditamos na indústria de aviação do Brasil e esperamos realmente ter sucesso", comentou a fonte. 
Por nota, a TAP M&E Brasil informou que "está encerrando as operações na unidade em Porto Alegre até o fim deste mês" e admite que "foi procurada por diferentes companhias interessadas na compra de ativos, como equipamentos e ferramentas", mas não comenta essas negociações. A empresa de manutenção esclarece, ainda, que as instalações no Aeroporto Internacional Salgado Filho estão sendo devolvidas para a administradora do terminal. Boa parte dos prédios da TAP fica na área que hoje foi concedida para a alemã Fraport.
No começo de outubro, a presidente da empresa no Brasil, Gláucia Loureiro, comunicou que a unidade seria fechada, mesmo sendo uma das únicas estruturas no Brasil e até na América Latina para prestação de serviços para manutenção de certos tipos de aeronaves e especificações, principalmente na parte de aviônica, que envolve equipamentos eletroeletrônicos e os de maior tecnologia.
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A TAP M&E é a maior empresa em seu segmento na América Latina. A unidade, que se chamava VEM, foi comprada, junto com a VarigLog, no fim de 2005 pela companhia portuguesa, assumindo a herança da antiga companhia de aviação gaúcha. 
"A empresa é a única no Brasil a efetuar reparos completos em trens de pouso, desde a revisão e finalizando com banhos galvânicos, e tem, entre clientes, Latam, GOL, Azul, TAP Portugal, Embraer e Força Aérea Brasileira (FAB)", lembra o funcionário Paulo Sérgio da Silva, que se mantém no quadro devido à estabilidade do tempo para aposentadoria. Silva mobiliza colegas que estão ainda atuando e demitidos para tentar barrar o fechamento. Na próxima quarta-feira, um grupo pretende protestar na frente da unidade.   
Os pavilhões, localizados na lateral da pista de pouso e decolagens do Salgado Filho, registram as marcas do esvaziamento de serviços. Um dos hangares - o que tem a inscrição TAP ME - mantém as docas, grandes armações de metal, mas há tempo que nenhuma aeronave estaciona para ser revisada.
Segundo relatos de funcionários que ainda estão na operação, o número hoje reduziu a 30 e 40 trabalhadores. Há alguns serviços sendo feitos na área de aviônica, devido a contratos ativos. Mas, desde o fim de novembro, uma leva de trabalhadores foi demitida. 
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