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Turismo

- Publicada em 31 de Dezembro de 2018 às 00:57

Rio Grande do Sul deverá ampliar os programas de intercâmbios

Em 2018, negócio prosperou com a oferta de trabalho e estudo lá fora

Em 2018, negócio prosperou com a oferta de trabalho e estudo lá fora


/FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
Impactado negativamente por incertezas políticas e econômicas ao longo dos últimos anos, o setor de turismo no Brasil vem passando por uma modesta recuperação, com expectativas ainda frágeis de crescimento no consumo de pacotes para o exterior. No entanto, um dos segmentos que melhor reagiu ao período foi o de programas de intercâmbio, mercado que se adequou às adversidades, oferecendo pacotes alternativos mais baratos, e fugindo dos destinos tradicionais.
Impactado negativamente por incertezas políticas e econômicas ao longo dos últimos anos, o setor de turismo no Brasil vem passando por uma modesta recuperação, com expectativas ainda frágeis de crescimento no consumo de pacotes para o exterior. No entanto, um dos segmentos que melhor reagiu ao período foi o de programas de intercâmbio, mercado que se adequou às adversidades, oferecendo pacotes alternativos mais baratos, e fugindo dos destinos tradicionais.
Em 2018, as agências focaram na oferta de oportunidades de trabalho e estudo em países como Nova Zelândia, Austrália e Irlanda, mas também abriram espaço no portfólio para lugares como Argentina, Ilha de Malta, Portugal, Índia e Trinida e Tobago. Após colher bons resultados, uma das maiores empresas do ramo, a C.I. Intercâmbio, planeja ampliar a presença em municípios do Interior, descentralizando a oferta, e buscando parcerias através do modelo de franquias. Na Região Sul, a meta é de abrir pelo menos 10 novas unidades.
"No Rio Grande do Sul, interessam cidades como Santa Maria, Rio Grande, Novo Hamburgo, Canoas, Lajeado, Santa Cruz e Gramado", enumera a supervisora da empresa nos estados do Sul, Ana Flora Bestetti. "Chegar ao interior do Estado é muito importante, até para descentralizar o acesso ao conhecimento", comenta a gestora. Ana destaca que os estados da Região Sul são "muito ricos e com muito business", tornando a educação internacional um caminho bastante desejado. "Este é um segmento que cresce muito por uma demanda orgânica: cada vez mais famílias inteiras (principalmente da classe média-alta) buscam investir ou em um ano sabático ou em capacitação para os filhos."
O critério de escolha dos destinos que devem ganhar novas unidades, segundo a gestora, é o número de habitantes, participação no PIB gaúcho e quantidade de estudantes e universidades nas localidades. Em janeiro, a C.I. Intercâmbio inicia a execução da expansão em todo o País. De acordo com o gerente de franchising do grupo, Henrique Munhoz, a meta é abrir outras 50 lojas até o final de 2019. Atualmente, a empresa possui 130 unidades no Brasil e no exterior - sendo que 20 estão na Região Sul (cinco dentro do Estado).
Levantamento realizado pelo Grupo Bittencourt em 2017, com as franquias que atuam no mercado de viagens, identificou uma diversidade de atuação das redes nesse segmento. Conforme o estudo, as sete principais franqueadoras com foco em programas de intercâmbio operam tanto no modelo tradicional, com lojas físicas de atendimento ao público, quanto no modelo home office - operação mais simples de venda de pacotes on-line, sem a necessidade de um escritório fixo, ou mesmo store in store - nesse modelo, o franqueado identifica agências de turismo sinérgicas para oferecer seu portfólio de viagens dentro de uma operação já existente - diluindo com isso seus custos operacionais.
Uma modalidade que surgiu foi as vendas por aplicativos. "São resultado de uma demanda cada vez mais crescente dos consumidores - o imediatismo na obtenção das informações e mobilidade", explica a sócia-fundadora do grupo, Claudia Bittencourt. "Da mesma forma, o uso das redes sociais e blogs com depoimentos de viajantes são cada vez mais presentes para aproximar o relacionamento e encantar o futuro viajante." Mas a consultoria ainda é o caminho mais seguro para que os intercambistas realizem a viagem mais adequada ao perfil e objetivo de cada um.
"Quem tiver interesse de abrir franquia neste ramo deve primar pelo atendimento, comprometimento e suporte para possíveis problemas com voos, por exemplo, além de oferecer o serviço com plantão para respostas rápidas", resume uma das franqueadas da C.I. Intercâmbio, Scheila Salvati, que administra a única unidade da marca presente em Caxias do Sul, atendendo público local e também de cidades vizinhas como Bento Gonçalves, Gramado, Farroupilha, e Flores da Cunha. "Vende bem", garante a franqueada. "Caxias tem bom potencial, apesar de existir bastante concorrência", pondera.

Perfil do franqueado se modifica de acordo com o modelo de negócio escolhido

Empresa quer fixar marca em cidades com mais de 100 mil habitantes

Empresa quer fixar marca em cidades com mais de 100 mil habitantes


/ADRIANO CESCANI/DIVULGAÇÃO/JC
Classificada como a maior empresa do setor no País, segundo dados do Grupo Bittencourt (de consultoria nas áreas de desenvolvimento de franquias), a C.I. quer fixar bandeira em cidades com mais de 100 mil habitantes. Para alcançar a meta, trabalhará com um novo modelo de franquia: o Office, que permite equipe enxuta e um escritório, a partir de investimento em torno de R$ 45 mil. Em 2017, o faturamento da empresa em todo o País foi de R$ 320 milhões, um crescimento de 22% comparado ao ano anterior. A expectativa de crescimento para 2018 é de 25%.
A meta considera dados sólidos: em 2018, o número de brasileiros estudando em universidades dos Estados Unidos cresceu 11,7% em relação a 2017, passando de 13.089 para 14.620, após dois anos consecutivos em queda (segundo dados do Instituto de Educação Internacional), enquanto relatório anual da entidade aponta que o País está entre os 10 que mais enviam estudantes para os EUA. "Acredito que em 2019, a procura por intercâmbio vai melhorar, porque apesar de ter sido de bons resultados, este ano que passou foi muito incerto, devido às eleições conturbadas, e muita gente deixou para investir depois que tudo isso passasse", avalia uma das franqueadas da rede no Estado, Scheila Salvati.
Contando com 30 anos de mercado, a C.I., passou a ser franqueadora em 1992 e 90% das unidades surgiram neste formato, comenta o gerente de franchising da C.I., Henrique Munhoz. Ele explica que o perfil dos franqueados altera de acordo com os diferentes modelos de negócios deste formato. Além da loja física e do Office, também há possibilidade do franqueado optar pelo home office, com investimento em torno de R$ 5 mil.