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- Publicada em 16 de Dezembro de 2018 às 22:10

Mercado de entregas rápidas acelera no País

Plataforma criada há cinco anos, Loggi atende pedidos de todos os tipos e quer alcançar 40 cidades em 2019

Plataforma criada há cinco anos, Loggi atende pedidos de todos os tipos e quer alcançar 40 cidades em 2019


/LOGGI/DIVULGAÇÃO/JC
Dos tradicionais motoboys ao mercado de entregas expressas operadas em aplicativos de telefone, o setor delivery vive anos acelerados. Apesar do ingresso de diferentes concorrentes no Brasil, especialmente nos últimos cinco anos, há demanda para todos.
Dos tradicionais motoboys ao mercado de entregas expressas operadas em aplicativos de telefone, o setor delivery vive anos acelerados. Apesar do ingresso de diferentes concorrentes no Brasil, especialmente nos últimos cinco anos, há demanda para todos.
As necessidades que alimentam esse segmento são várias e crescentes. Incluem, por exemplo, a burocracia, a falta de tempo das pessoas e empresas, e o trânsito caótico da maior parte das grandes e médias cidades.
Esse conjunto de problemas criou um mercado ainda com possibilidades de ampliação e segmentação, além de tentador para diferentes multinacionais e startups. No Brasil, já aportaram com seus serviços de delivery, por exemplo, a Uber Eats (da norte-americana Uber, específico para entrega de alimentos), a Rappi (colombiana) e a Glovo (espanhola), entre outras.
Recentemente, o setor de entregas expressas no País deu um salto amparado, em boa parte, na alimentação. Entre os exemplos dessa segmentação estão a plataforma brasileira iFood e o Uber Eats. Iniciado em 2016, o serviço especializado do Uber contava com atendimento em cinco cidades em 2017 e fechará 2018 com presença em até 30 municípios do Brasil, segundo Gabriela Manzini, gerente de comunicação da Uber Eats, que também tem entregas com bicicleta.
A expansão do setor puxado pela alimentação é fruto de uma mudança de comportamento recente dos consumidores e exige logística específica. Gabriela afirma que como os brasileiros pedem cada vez mais entregas de refeições no dia a dia, um costume que até recentemente era bastante limitado a pizzas e lanches. Hoje, entregas expressas são adotadas como estratégia dos mais diferentes serviços, do sushi a sopas.
"Há muito empreendedor que não teria nem tempo e nem recursos para gerenciar uma logística de entrega, mas tem produto para isso. É onde entramos no negócios, unindo cliente, um profissional interessado no trabalho e o restaurante", explica a executiva do Uber Eats.
Gabriela diz que é difícil apontar tendências e o futuro do segmento, que poderia passar por entregas autônomas, como já ocorre em alguns poucos países. Ela conta que um modelo adotado nos Estados Unidos, por exemplo, simboliza as muitas possibilidades de segmento e experiência.
"Em algumas cidades americanas se faz entregas a pé. Isso permite que uma pessoa tenha alguma renda extra fazendo entregas no seu bairro, sem contar com carro, moto e nem bicicleta", exemplifica Gabriela.
No Brasil, uma das empresas que se destaca no segmento de "entregas gerais" é a Loggi, plataforma digital criada há cinco anos e que passará de cerca de 15 municípios atendidos em 2018 para estimadas 40 cidades em 2019. A empresa opera com uma rede de cerca de 5 mil motoboys conectados.
Os números no mercado brasileiro são expressivos e devem crescer ainda mais no próximo ano, quando a Loggi investirá mais R$ 50 milhões no sistema. Hoje, de acordo com a empresa, são realizadas cerca de 50 mil entregas por dia (1,5 milhão mensais, especialmente oriundos de e-commerce), feitas no mesmo dia ou no dia seguinte da compra.

Empresas locais se diferenciam pela tradição e relacionamento

Pedal, além de ser sustentável, entrega confiança, afirma Osório

Pedal, além de ser sustentável, entrega confiança, afirma Osório


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
As estrangeiras disputam aqui o mercado de empresas e cooperativas de entregas existentes há quase uma década, como as cooperativas Buscar e Pedal, esta última especializada em documentos, serviços bancários e com atendimento de bicicleta. A entrega "sustentável" é feita por ciclistas, diz Eduardo Osório, um dos cooperativados da Pedal Express, criada em 2010. "Nosso diferencial, além do atendimento de bicicleta, é a confiança. O que nós fazemos não é entrega, é prestação de um serviço completo", destaca Osório.
Enquanto a Pedal trabalha com um número limitado de entregas (cerca de 60 por dia) e ciclistas (apenas oito), para manter qualidade e algumas características do serviço, a Buscar se consolidou como tradicional serviço de motoboy. Com 20 anos de atuação, a Buscar reúne cerca de 400 motoqueiros e 8 mil entregas diárias. Cristian Seadi, diretor comercial, conta que apesar da crise e do elevado número de concorrentes, esse mercado segue positivo.