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Economia

- Publicada em 11 de Dezembro de 2018 às 21:24

Mapa apresenta áreas com potencial para receber energia fotovoltaica no Estado

Atlas Solar mostrou grande potencial de incidência de radiação na região da Campanha

Atlas Solar mostrou grande potencial de incidência de radiação na região da Campanha


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Carolina Hickmann
A potencialidade do Estado para as energias renováveis foi mostrada, mais uma vez, em estudo. O Atlas Solar do Rio Grande do Sul apontou que, excluídas as áreas de restrição, apenas 2,1% das terras aptas não urbanas em projetos de usinas solares centralizadas seria capaz de suprir toda a demanda energética do Estado em 2016. Neste espaço, seria possível instalar uma potência de 23 GW de energia fotovoltaica e produzir, anualmente, cerca de 34TWh de eletricidade. O número é equivalente à média do consumo gaúcho de energia elétrica registrada nos últimos sete anos, incluindo perdas do sistema.
A potencialidade do Estado para as energias renováveis foi mostrada, mais uma vez, em estudo. O Atlas Solar do Rio Grande do Sul apontou que, excluídas as áreas de restrição, apenas 2,1% das terras aptas não urbanas em projetos de usinas solares centralizadas seria capaz de suprir toda a demanda energética do Estado em 2016. Neste espaço, seria possível instalar uma potência de 23 GW de energia fotovoltaica e produzir, anualmente, cerca de 34TWh de eletricidade. O número é equivalente à média do consumo gaúcho de energia elétrica registrada nos últimos sete anos, incluindo perdas do sistema.
A pesquisa foi realizada a partir de dados de modelo numérico atmosférico específico para mapeamento solar, validados pelas informações obtidas de 33 estações terrestres automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em solo gaúcho. O mapeamento é uma iniciativa do governo do Estado, através da Secretaria de Minas e Energia, em parceria com empresas do setor privado e as universidade Ufrgs, Pucrs e Uergs.
O maior potencial fotovoltaico médio por mesorregiões foi constado na Campanha gaúcha, com produtividade média diária de 4,2 kWh/kWp, uma vez que a área conta com as maiores incidências de radiação e amplas áreas viáveis para a instalação de painéis. O Noroeste também apresenta avaliação semelhante, embora a intensa atividade agrícola limite os espaços disponíveis à sistemas de aproveitamento solar e deixe a região atrás do oeste do Estado.
Em partes menos favorecidas em incidência, como a Região Metropolitana de Porto Alegre, ainda assim, a produtividade média apresenta valor superior aos registrados em alguns países europeus, como a Alemanha. A secretária de Minas e Energia, Susana Kakuta, durante a apresentação do Estudo, enfatizou que os resultados têm potencial de atrair empreendedores que querem investir neste tipo de energia, além de balizar políticas públicas, assim como agiram os Atlas Eólico e da Biomassa, apresentados em 2014 e 2016. “Conseguimos, com este estudo, até mesmo mostrar o grau de curvatura de instalação para cada região a partir de georreferenciamento”, disse, ao exemplificar o alcance da pesquisa.
Com o cruzamento de informações do atlas eólico com o fotovoltaico também foi constatado alto potencial de integração entre os dois tipos de produção de energia no Estado, em especial nas microrregiões de Osório, Jaguarão e litoral Lagunar, que concentram 50% das áreas aptas à instalação de projetos híbridos. O levantamento sugere, inclusive, que o aproveitamento da infraestrutura elétrica dos parques eólicos hoje consolidados possam favorecer empreendimentos solares em seu entorno.
O atlas solarimétrico ainda deve estimular, segundo Susana, a geração distribuída (produção de eletricidade no local de consumo, com a possibilidade de jogar o excedente na rede elétrica e usufruir de créditos para abater na conta de luz). A secretária lembrou que o Rio Grande do Sul é o segundo estado em unidades instaladas, perdendo apenas para Minas Gerais.
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