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Economia

- Publicada em 05 de Dezembro de 2018 às 18:00

Fecomércio-RS defende privatização do Banrisul

'Não haverá regime de recuperação fiscal se o banco não entrar na negociação', afirmou Bohn

'Não haverá regime de recuperação fiscal se o banco não entrar na negociação', afirmou Bohn


LUIZA PRADO/JC
Adriana Lampert
A direção da Federação do Comércio de Bens e Serviços do RS (Fecomércio-RS) defendeu nesta quarta-feira (5) a privatização de estatais gaúchas, entre elas o Banrisul. No evento de balanço de 2018 e projeção do desempenho de 2019, os dirigentes também apontaram que o novo governo terá como desafio fazer o País crescer mais rápido e gerar mais empregos em 2019.
A direção da Federação do Comércio de Bens e Serviços do RS (Fecomércio-RS) defendeu nesta quarta-feira (5) a privatização de estatais gaúchas, entre elas o Banrisul. No evento de balanço de 2018 e projeção do desempenho de 2019, os dirigentes também apontaram que o novo governo terá como desafio fazer o País crescer mais rápido e gerar mais empregos em 2019.
“Entendemos que não haverá regime de recuperação fiscal se o banco não entrar na negociação, e isso representaria o caos”, defendeu o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, pontuando que tem consciência de que a venda do banco não está na pauta do governador eleito Eduardo Leite (PSDB). Na campanha, Leite disse que não apoia a venda.
No Estado, a entidade defende ainda medidas como o congelamento dos salários do funcionalismo de todos os três poderes, além da privatização também da Ceee, Sulgás, Companhia Rio-Grandense de Mineração (CRM) e Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Estas duas entraram no pacote que o atual governo enviou à Assembleia Legislativa para obter aval para promover plebiscito sobre a possibilidade de privatizar as empresas.
Para o País, a federação apontou que o caminho será apostar em um cenário de “mais capitalismo e menos amarras”, puxado por privatizações, concessões, abertura comercial e, principalmente, a aprovação das reformas da Previdência e Tributária, listaram os representantes da entidade. Os dirigentes mostraram otimismo sobre os rumos do Brasil nos próximos anos.
“Torço para que, a partir de janeiro, tenhamos um ministro da Justiça (o ex-juiz Sérgio Moro ocupará o cargo) implacável no combate à corrupção e um ministro da Economia que promova um efetivo choque de capitalismo na economia nacional”, acalentou o presidente da Fecomércio-RS. “Precisamos enfrentar aquilo que estruturalmente aumenta o gasto público e o que cria empecilho ao crescimento”, destacou o dirigente.
Bohn frisou que, em 2019, a diretoria da entidade irá percorrer o Rio Grande do Sul em busca de apoio às medidas do novo governo. “A sociedade brasileira precisa entender que não podemos mais conviver com um sistema previdenciário estruturalmente deficitário. Isso repercute cotidianamente na nossa vida e, se não fizermos nada, a situação será insustentável”, justificou o dirigente.
Para o presidente, somente a geração de empregos irá permitir que as pessoas tenham renda para fazer a economia girar no ano que vem. “O mercado 'comprou' a eleição federal, portanto há uma crença de que o presidente eleito Jair Bolsonaro vai ter condições de promover maior liberdade econômica”, acredita Bohn. A recessão acabou, diz ele, e “espera-se, com o novo governo”, a implementação de uma agenda de promoção do crescimento sustentável.
Bohn destacou que, ao longo de 2018, a Fecomércio-RS protagonizou o avanço de uma das principais pautas reivindicadas pelas empresas gaúchas que é a cobrança do Imposto de Fronteira, conhecido como Diferencial de Alíquotas de ICMS (Difa). Ele avaliou que o resultado da votação da ação que envolve o tema, em novembro no Supremo Tribunal Federal (STF), "renovou as esperanças de vitória”. “Por enquanto, estamos dando de goleada: 4x1 em favor do contribuinte". O texto se encontra em aberto devido a um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes.
Ao avaliar o cenário econômico e desempenho do setor em 2018, o economista da Fecomércio-RS, Marcelo Portugal, lembrou que uma série de acontecimentos, a exemplo da greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo e eleições para os poderes executivos e legislativos, além da alta do dólar – compuseram um cenário de instabilidades políticas e econômicas. Esse ambiente influenciou as vendas do comércio que, segundo Portugal, estão se recuperando lentamente e na melhoria de demanda dos serviços que estaria “despiorando”.
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