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Turismo

- Publicada em 25 de Novembro de 2018 às 21:34

Indústria de eventos reage e cresce em 2018

Revitalização da orla do Guaíba traz impacto positivo para a captação de atividades em Porto Alegre

Revitalização da orla do Guaíba traz impacto positivo para a captação de atividades em Porto Alegre


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Consolidada como destino para turismo de eventos, Porto Alegre recebeu no início deste mês mais de 2,5 mil visitantes, por conta do Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, realizado entre os dias 7 e 10 de novembro. A iniciativa ajudou a inflar a ocupação hoteleira no período, praticamente lotando a maioria dos empreendimentos voltados à hospitalidade garante o presidente do Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (Shpoa), Carlos Henrique Schmidt. Estas e outras ações, que movimentaram a indústria de eventos durante 2018, são resultados de uma reação do setor frente à crise, acredita o dirigente.
Consolidada como destino para turismo de eventos, Porto Alegre recebeu no início deste mês mais de 2,5 mil visitantes, por conta do Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, realizado entre os dias 7 e 10 de novembro. A iniciativa ajudou a inflar a ocupação hoteleira no período, praticamente lotando a maioria dos empreendimentos voltados à hospitalidade garante o presidente do Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (Shpoa), Carlos Henrique Schmidt. Estas e outras ações, que movimentaram a indústria de eventos durante 2018, são resultados de uma reação do setor frente à crise, acredita o dirigente.
De acordo com o Programa Realidade Hoteleira, que faz uma mostra de 30 dos mais de 100 hotéis da Capital, nos últimos 12 meses a média de ocupação das hospedagens de Porto Alegre foi de 51% (enquanto em 2017 a ocupação foi de 47% no acumulado do ano). "Está havendo uma recuperação, tanto da ocupação, quanto da tarifa média", observa Schmidt. Segundo o dirigente, em 2018 as tarifas ficaram abaixo de R$ 200,00 - média parecida com a do ano passado, em torno de R$ 190,00.
O presidente do Shpoa pondera que a ocupação hoteleira aumentou, em parte, decorrente do fechamento de cinco hotéis nos últimos dois anos - a maioria localizada no Centro, "onde o problema maior é a degradação" que se vê nas ruas. "Mas também se notou um aumento do fluxo de visitantes", informa Schmidt. No ranking dos principais segmentos que colaboram para a ocupação da hotelaria da Capital, os eventos, reuniões, congressos, shows e campeonatos esportivos são os que causam maior impacto no setor. Muitas destas iniciativas estão vinculadas ao esforço de entidades como o Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau (POA-CVB), que trabalha na captação de eventos como estes, para fomentar o processo de crescimento econômico do setor, destaca o dirigente do Sindicato de Hotéis.
Este ano, o orçamento utilizado pelo POA-CVB deve ultrapassar R$ 1,5 milhão, injetados em viagens nacionais e internacionais, com o intuito de promover Porto Alegre e chamar a atenção de organizadores de feiras e diversas associações interessadas em realizar seminários e congressos anuais. Também o meio corporativo está no foco da entidade, afirma o presidente do POA-CVB, Maurício Cavichion. "Fizemos um investimento inédito nos últimos anos, buscando vender para o mercado corporativo, que realiza convenções de venda e aposta recursos em grupos de incentivo, além de campanhas de lançamento de produtos", explica o dirigente.
Cavichion avalia que, neste sentido, "2018 foi melhor que 2017". "O cenário já está diferente, e a perspectiva é outra pós-eleições, com patrocinadores mais favoráveis aos investimentos." O foco do POA-CVB tem sido os mercados de São Paulo, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha), é uma das entidades mantenedoras do POA-CVB, e investiu, nos últimos quatro anos, R$ 1,2 milhão para a captação de eventos no País. "Somente em 2017, foram 46 eventos captados e apoiados pelo espaço, alguns com mais de 3 mil participantes", comenta Henrique Schmidt.
Atualmente, Porto Alegre é candidata a 60 eventos que irão acontecer nos próximos anos. "Muitas das respostas virão entre novembro e dezembro, mas já temos 14 pareceres positivos", calcula o presidente do POA-CVB. Ele explica que a estratégia usou duas frentes nesse trabalho: "Fomos aos destinos e nos reunimos com os principais compradores (organizadores de eventos corporativos e também com associações que promovem os eventos), e trouxemos alguns grupos para conhecer a capital do Estado". Dentre os resultados da segunda ação, Cavichion destaca que a reformulação da orla do Guaíba "foi muito bem comentada", causando um impacto positivo. Para 2019, o POA-CVB deve investir na aproximação com equipes da hotelaria. "Os recepcionistas, por exemplo, têm mais contato com os turistas, e isso pode ser usado de forma estratégica", explica o presidente da entidade.

Viagens de incentivo se apresentam como novo produto turístico

Enquanto as viagens corporativas são aquelas que os colaboradores viajam, as viagens de incentivo são dadas pelas empresas como premiação, por alcance de metas, relacionamento e reforço de marca. Segundo o CEO da Fanato, operadora especializada em turismo de incentivo, Raphael Santana, as empresas procuram esse tipo de ação não só como estratégia para elevar o engajamento e o relacionamento entre os funcionários, mas também porque reconhecem que uma viagem diferenciada resulta em maiores lucros, rentabilidade e impacto da lembrança da experiência vívida de até 12 anos.
"Uma viagem de incentivo consiste numa poderosa forma de marketing, já que é possível exibir a marca em diversos momentos da viagem, tudo de forma customizada, de acordo com os interesses de cada empresa", defende Santana. Na visão do diretor executivo da Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev). Eduardo Murad, as viagens de incentivo "contribuem muito para a indústria do turismo. Prova disso é que muitos destinos estão investindo no segmento para atender esse público. Trata-se, na verdade, de um novo produto turístico que pode ser pontual, mas depois se transformar em algo permanente".