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Economia

- Publicada em 20 de Novembro de 2018 às 22:57

Sindicato dos metalúrgicos requer a anulação da venda da Voges

Roberto Hunoff
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região defendeu, nesta terça (20), a imediata anulação do acordo de venda da empresa UPI Voges Motores para a Biehl Metalúrgica, de São Leopoldo. O motivo é descumprimento por parte da adquirente do acordo para o pagamento dos direitos dos trabalhadores.
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região defendeu, nesta terça (20), a imediata anulação do acordo de venda da empresa UPI Voges Motores para a Biehl Metalúrgica, de São Leopoldo. O motivo é descumprimento por parte da adquirente do acordo para o pagamento dos direitos dos trabalhadores.
Para Adão Jovane Dias, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a situação é lesiva aos trabalhadores. "Faz mais de 45 dias que a nova empresa assumiu o complexo Voges. E, diante dos últimos acontecimentos, de descumprimento do acordo estabelecido em assembleia, de pagamento da primeira parcela de R$ 2 milhões para ser dividido entre os trabalhadores, estamos marcando posicionamento", salientou.
Segundo o sindicalista, o depósito era para ter sido feito a cerca de 20 dias na conta do administrador do processo de recuperação, para posterior redistribuição. "Para a Justiça, alegaram que queriam fazer o depósito diretamente na conta dos trabalhadores, mas também admitiram não ter o montante necessário. Acreditamos resolver tudo isto em duas semanas", projetou.
Dias também denunciou atraso no pagamento dos salários. Segundo ele, no início da nova gestão, foi feito um adiantamento de R$ 750 por trabalhador. "Cerca de 350 operários trabalharam em outubro e, no início de novembro, deveriam receber o complemento do salário. O final do mês seguinte se aproxima e, até agora, nada mais foi quitado. Somado aos atrasos das verbas trabalhistas, aproximadamente três mil pessoas estão sendo atingidas", lamentou.
Para Carlos Eduardo França, advogado representante dos novos proprietários da Voges, a posição do Sindicado dos Metalúrgicos causa perplexidade. "O valor para o pagamento está disponível. Aguardamos apenas o cumprimento de algumas garantias judiciais, estabelecidas na assembleia. A empresa está fazendo de tudo para arcar com seus compromissos", assegurou.
França disse que a intenção é depositar os valores diretamente na conta dos trabalhadores, e não num depósito judicial, que demandaria mais tempo para o recebimento. "Diante dessa situação faremos o depósito ainda esta semana via judicial. Além do mais, a anulação da venda trará mais danos aos trabalhadores. Com a venda, a fábrica inteira ficou de garantia dos funcionários. Ou seja, ela só passará a ser dos novos controladores depois da quitação total. Se for desfeito o negócio, eles serão os últimos a receber", explicou.
O advogado negou atraso de salários. Pelo contrário, disse que há valores adiantados. "Os salários estão em dia. No primeiro mês, em razão dos trabalhadores não estarem recebendo do antigo controlador, fizemos adiantamento de R$ 750. Também contratamos mais 40 pessoas e projetamos abertura de novas vagas. Neste mês, a empresa deve faturar R$ 4 milhões. Estamos funcionando a todo vapor. Por isso, a estranheza com a posição da entidade", afirmou.
 
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