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Conjuntura

- Publicada em 21 de Novembro de 2018 às 01:00

Economia gaúcha cresce 3,7% entre junho e agosto

A atividade econômica gaúcha cresceu 3,7% no trimestre encerrado em agosto, em relação os três meses encerrados em maio (quando havia recuado 0,8%). A informação é do Boletim Regional do Banco Central (BC), que foi divulgado ontem em Belo Horizonte (MG).
A atividade econômica gaúcha cresceu 3,7% no trimestre encerrado em agosto, em relação os três meses encerrados em maio (quando havia recuado 0,8%). A informação é do Boletim Regional do Banco Central (BC), que foi divulgado ontem em Belo Horizonte (MG).
Segundo o BC, o crescimento da economia gaúcha no período repercutiu avanços no volume de serviços prestados, no comércio e, sobretudo, na produção industrial. "Note-se que esse trimestre é pouco afetado pela agricultura, tendo em vista a apropriação das safras de verão nos períodos anteriores", destaca o relatório. Nos oito primeiros meses do ano, o Índice de Atividade Regional do Rio Grande do Sul (IBCR-RS) do BC registrou estabilidade, relativamente a igual intervalo em 2017, após seis meses de resultados negativos para essa base de comparação.
Em relação à toda a região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) avançou 3,2% no trimestre encerrado em agosto, ante o trimestre finalizado em maio, quando havia recuado 1,3%. De acordo com o BC, "a retomada do crescimento da atividade, após paralisação no setor de transporte de cargas, foi mais intensa no Sul, repercutindo o avanço no volume de serviços não financeiros e, principalmente, o incremento da produção industrial".
Com a alta de 3,2%, o Sul foi a região que apresentou o melhor desempenho no trimestre entre junho e agosto, segundo os dados do BC. Em segundo lugar ficou o Nordeste, com um avanço de 1,5% na atividade econômica ante o trimestre terminado em maio. Também registraram altas as regiões Sudeste (0,9%) e Centro-Oeste (0,5%). A única queda no período ocorreu na região Norte (-0,3%)
Para o BC, o resultado do trimestre encerrado em agosto "sugere resiliência do processo de recuperação da economia regional" no Sul. "O cenário de curto prazo aponta para a continuidade da recuperação econômica, ainda que em ritmo inferior ao esperado no início do ano", acrescentou o BC.
O boletim alerta, no entanto, que apesar da recomposição da atividade após a greve, "os indicadores de confiança empresarial não retornaram aos níveis anteriores ao evento, o que tende a impactar decisões de investimentos e de contratações". "Por outro lado, a evolução da atividade nos próximos meses segue favorecida pelo comportamento benigno do mercado de crédito e pela inexistência de restrições à ampliação da oferta, dada a elevada ociosidade dos fatores de produção", destaca o texto do relatório.
Na última sexta-feira (16), o BC já havia divulgado seu Índice de Atividade (IBC-Br) referente a todo o País, em setembro, que indicou baixa de 0,09% ante agosto, na série ajustada. Em relação a setembro de 2017, houve alta de 0,72% pela série sem ajuste.
JC

Tendência de crescimento gradual persiste no País após greve, diz Maciel

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, afirmou ontem que a greve dos caminhoneiros, em maio, causou uma oscilação nas perspectivas de crescimento econômico do País, mas que, passados os efeitos da paralisação, a tendência de crescimento gradual persiste no País.
"Os dados do IBC-Br mostram uma recuperação mês a mês após os efeitos sentidos em maio e junho na greve dos caminhoneiros e os indicadores de atividade estão refletindo a recuperação de curto prazo. De todo modo, aquela perspectiva de crescimento gradual que a gente havia tido no início do ano se mantém, ela persiste", afirmou Maciel, após apresentação do Boletim Regional do Banco Central em Belo Horizonte (MG).
De acordo com Maciel, essa perspectiva de crescimento gradual se sustenta nos pilares da inflação controlada, na retomada do crédito e na melhoria do mercado de trabalho. Sobre este último, o chefe do Depec disse que a tendência é de redução gradual do desemprego em 2019. "Com base nas análises do mercado, ao se confirmar o crescimento econômico em 2019, a expectativa é de redução gradual do desemprego ao longo do próximo ano", disse.
Para Maciel, a indústria brasileira voltou a apresentar a tendência de recuperação moderada, passado o efeito da greve dos caminhoneiros. "A indústria retomou a tendência de recuperação moderada do atual ciclo econômico, depois de uma oscilação causada pela greve dos transportadores de carga", avaliou. Ao relatar os dados referentes às regiões, Maciel afirmou que é possível identificar que a indústria responde por boa parte da retomada da atividade pelo País.