Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 20 de Novembro de 2018 às 19:42

China busca aproximação com a América Latina

Dirigentes chineses se reúnem com integrantes da imprensa da América Latina e Caribe

Dirigentes chineses se reúnem com integrantes da imprensa da América Latina e Caribe


GUILHERME KOLLING/ESPECIAL/JC
Guilherme Kolling
"O tango, tem que ser o tango." Com essas palavras, o secretário do sistema de mídia do governo argentino, Hernán Lombardi, deixou o palco do Centro Cultural Kirchner. Foi a deixa para que um grupo de dança se apresentasse ao som de Carlos Gardel e Astor Piazzolla. 
"O tango, tem que ser o tango." Com essas palavras, o secretário do sistema de mídia do governo argentino, Hernán Lombardi, deixou o palco do Centro Cultural Kirchner. Foi a deixa para que um grupo de dança se apresentasse ao som de Carlos Gardel e Astor Piazzolla. 
O pocket show ocorreu na abertura da terceira edição do Fórum de Meios de Comunicação da China, América Latina e Caribe - as anteriores foram em Santiago do Chile (2016) e Pequim (2017) -, que reuniu quase 200 jornalistas de 22 países entre domingo e terça-feira em Buenos Aires.
O momento cultural foi depois lembrado na fala de diversos palestrantes chineses e, de certa forma, representou a principal tese sustentada por painelistas: a de que os meios de comunicação podem servir de ponte para o melhor entendimento entre povos distantes geograficamente, como os da China e da América Latina e que isso passa não só por divulgar as informações econômicas e de negócios, mas também aspectos culturais e históricos.
Nesse contexto, executivos dos principais veículos de imprensa da China demonstraram a preocupação do gigante asiático em melhorar sua imagem perante o mundo e, mais do que isso, promover uma comunicação direta, sem o filtro de agências de notícias da Europa e dos Estados Unidos. E destacaram o interesse de intercâmbio de informações com veículos latino-americanos.
O principal veículo chinês nessa estratégia é a agência de notícias Xinhua, com mais de 100 sucursais pelo mundo. O presidente da Xinhua, Cai Mingzhao, esteve na capital argentina para o evento e apresentou as novidades tecnológicas da agência, especialmente o uso de big data e inteligência artificial na produção e distribuição de informações.
As novidades foram bem recebidas por boa parte dos representantes dos meios latino-americanos. Mais entusiasmo ainda demonstrou o ministro argentino Lombardi com a reunião bilateral entre o presidente Mauricio Macri e o mandatário chinês Xi Jinping, programada para o dia 2 de dezembro.
Apesar de Buenos Aires estar a 10 dias de sediar o G-20 - o tema domina o noticiário, que fala de ameaças de bomba, sistema de segurança e fechamento de avenidas a partir da véspera do evento, que começa no dia 30 -, a reunião com a China despertou maior interesse.
A expectativa é que sejam assinados diversos acordos, que garantam investimentos do gigante asiático em solo argentino nas áreas de infraestrutura, educação, tecnologia e cultura. Em crise econômica, a Argentina recebeu um empréstimo de mais de US$ 50 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em troca, deve mostrar medidas para equilibrar as contas, o que encaminhou com um duro ajuste aprovado para o orçamento de 2019. Os principais jornais argentinos, Clarín e La Nación, destacaram nos últimos dias que as províncias também serão afetadas com os cortes, o que deve reduzir os investimentos para 2019.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO