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Conjuntura

- Publicada em 20 de Novembro de 2018 às 01:00

Inflação é maior para as famílias mais pobres

Alta dos alimentos pressionou o indicador medido pelo Ipea

Alta dos alimentos pressionou o indicador medido pelo Ipea


/GILMAR LUÍS/arquivo/JC
O aumento nos preços dos alimentos e os reajustes na tarifa de energia elétrica penalizaram mais os brasileiros mais pobres nos últimos meses, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que as famílias com renda mais baixa sentiram uma inflação de 0,49% em outubro. No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,42% para as famílias de renda mais elevada.
O aumento nos preços dos alimentos e os reajustes na tarifa de energia elétrica penalizaram mais os brasileiros mais pobres nos últimos meses, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que as famílias com renda mais baixa sentiram uma inflação de 0,49% em outubro. No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,42% para as famílias de renda mais elevada.
A alta de 0,91% no custo da alimentação consumida dentro de casa e o avanço de 0,12% na tarifa de energia elétrica pressionaram mais a inflação das famílias de menor poder aquisitivo, para quem o peso desses itens na cesta de consumo é maior, apontou o Ipea.
O indicador separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 900,00 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 9 mil, no caso da renda mais alta. O IPCA de outubro ficou em 0,45%.
A taxa de inflação das famílias de renda mais baixa acumulada em 12 meses até janeiro deste ano estava em 2,1%, o equivalente a 1,6 ponto percentual inferior à taxa de 3,7% de inflação acumulada pelas famílias mais ricas.
"Em outubro, entretanto, essa diferença recuou para 0,99 p.p.", informou Maria Andreia Parente Lameiras, técnica de planejamento e pesquisa do Grupo de Conjuntura do Ipea, em nota oficial.
Segundo o Grupo de Conjuntura, o cenário para a inflação dos próximos meses permanece benigno, sem focos de pressão que ponham em risco o cumprimento da meta perseguida pelo Banco Central tanto para 2018 (4,5%) quanto para 2019 (4,25%). Nos 12 meses encerrados em outubro, o IPCA ficou em 4,56%.

Energia elétrica mais barata ajuda a arrefecer a segunda prévia do IGP-M em novembro

A queda no custo da energia elétrica ajudou a arrefecer a inflação ao consumidor na segunda prévia de novembro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu 0,11% no segundo decêndio de novembro, após uma elevação de 0,48% na segunda prévia de outubro.
Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas, com destaque para a desaceleração no grupo transportes, que saiu de alta de 1,31% na segunda prévia de outubro para avanço de 0,15% na segunda prévia do mês. A gasolina passou de 4,54% para -0,08% no período.
Os demais decréscimos ocorreram nas taxas dos grupos habitação (de 0,07% para -0,53%), educação, leitura e recreação (de 0,52% para 0,12%), saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,41%) e despesas diversas (de 0,03% para -0,01%). As maiores influências foram a tarifa de eletricidade residencial (de -0,31% para -3,08%), passeios e férias (de 2,47% para 0,52%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,86% para 0,22%) e alimentos para animais domésticos (de 0,16% para -0,21%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas em alimentação (de 0,53% para 0,56%), vestuário (de 0,02% para 0,21%) e comunicação (de 0,11% para 0,12%), sob impacto dos itens hortaliças e legumes (de 4,36% para 17,20%), calçados (de -0,60% para -0,09%) telefonia fixa e internet (de 0,02% para 0,49%).