O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse, ontem, que a Petrobras precisa dar mais transparência aos preços de combustível.
Ele criticou a estratégia da empresa de divulgar a média aritmética dos valores praticados em suas várias refinarias, o que mascara o preço real dos combustíveis nesta etapa da cadeia.
Segundo ele, mesmo como acionista majoritário da companhia, a União não pode atuar diretamente para buscar essa transparência. "A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) impede e pune quando o majoritário usa abusivamente seu direito", disse o ministro, que assentiu sobre a possibilidade de os conselheiros indicados pelo governo levarem esse questionamento à empresa.
"Essa é uma discussão que não é só nossa, que está na rua o tempo todo. Evidentemente que esse questionamento foi elevado", garantiu o ministro de Minas e Energia.
O ministro defendeu que a esfera para discussão desse tema é a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
"A ANP já verificou que o preço divulgado é uma média aritmética. Isso não existe. Você não encontra em nenhuma refinaria aquele preço que eles anunciam. Se é média aritmética, não é preço real. E o que pagamos é preço real. O que precisamos é dar mais transparência. As pessoas precisam saber quanto pagam", declarou Moreira Franco.