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Varejo

- Publicada em 04 de Novembro de 2018 às 20:52

Oportunidade para inflar vendas na Black Friday

Segundo pesquisa da CNDL, 77% dos empresários irão aderir à promoção

Segundo pesquisa da CNDL, 77% dos empresários irão aderir à promoção


/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Novembro inicia com parte do comércio investindo em divulgação e ampliação de estoques, para garantir descontos em torno de 30% durante a Black Friday 2018. Segundo levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 77% dos empresários que vão aderir ao evento apostam na oportunidade de aumentar as vendas frente à edição anterior. Mais da metade (52%) pretende realizar promoções especiais e pelo menos 33% dos entrevistados prometeram descontos que variam entre 31% e 50%.
Novembro inicia com parte do comércio investindo em divulgação e ampliação de estoques, para garantir descontos em torno de 30% durante a Black Friday 2018. Segundo levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 77% dos empresários que vão aderir ao evento apostam na oportunidade de aumentar as vendas frente à edição anterior. Mais da metade (52%) pretende realizar promoções especiais e pelo menos 33% dos entrevistados prometeram descontos que variam entre 31% e 50%.
A varejista de eletrônicos e móveis Magazine Luiza, por exemplo, implementou, há mais de 15 dias, a promoção Esquenta Black Friday, adiantando as ofertas que serão praticadas no dia do evento oficial (23 de novembro). "Essa é para ser a melhor edição de vendas do Magazine Luiza durante a Black Friday", comenta o gerente regional da empresa, Geovane Konrath. Ele explica que produtos como televisores, chapinhas e secadores de cabelo já estão sendo vendidos com desconto. Para bater o recorde em crescimento, este ano a varejista fechou parcerias com fornecedores. "Esta edição vai ter preços arrasadores, mas ainda está cedo para adiantar números", pondera Konrath, confirmando que a empresa caprichou nos estoques. "O preparativo está sendo grandioso", afirma.
Mesmo em meio a um cenário de incertezas na economia do País, a expectativa de parte dos empresários para a Black Friday brasileira deste ano é de bons resultados. Dentre os produtos que devem ser mais procurados, os eletroeletrônicos linha branca (fogões, geladeiras, celulares, notebooks e outros utensílios domésticos, a exemplo de televisores) lideram a lista, seguidos por brinquedos. Pesquisa realizada pelo Sindilojas Porto Alegre com lojistas de rua da indica que haverá crescimento nos principais segmentos envolvidos (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e confecções). A pesquisa também mostrou que quem mais consome na data é a classe C da população, que realiza 58,4% das compras. Em contrapartida, a classe A compra apenas 1,0% das ofertas da Black Friday. A média dos descontos nos produtos, segundo os lojistas, é de 34%.
Esta edição da Black Friday apresenta também uma surpresa em relação ao perfil do comprador. Segundo a percepção dos lojistas pesquisados, a faixa etária que mais realiza compras no dia 24 de novembro no comércio da Capital é a de 36 a 45 anos, com 42,9% das negociações. Quem possui entre 18 e 24 anos compra na data apenas 1,0% dos produtos oferecidos com desconto nas lojas de rua da cidade. O consultor de economia da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Eduardo Starosta, informa que a perspectiva deste ano é de que somente o canal online movimente pelo menos R$ 2,3 bilhões em vendas no dia do evento. "Este cálculo é feito em cima do histórico do ano passado, considerando as 18 lojas virtuais que participam da campanha."
O volume de vendas esperado deve superar entre 11% e 15% o verificado no mesmo período de 2017. "Mas estamos observando um fenômeno novo, uma vez que o evento deixou de ser novidade. Vide o crescimento previsto, que é praticamente o mesmo do ano passado", destaca o economista, lembrando que em anos anteriores a Black Friday chegou a crescer em mais de 100% a cada edição. Dos R$ 2,3 bilhões previstos, cerca de R$ 150 milhões (6,7%) devem ser consumidos no Rio Grande do Sul, avalia Starosta, ponderando que o valor movimentado na Black Friday é "muito maior que o do site oficial". "Existem lojas da internet que não pertencem ao grupo de empresas inscritas. Sem contar ainda as lojas físicas em todo o Brasil que aderiram à campanha."
Dados levantados pela FCDL-RS indicam que somente no comércio de eletrônicos a estimativa é de que sejam vendidos R$ 3,5 bilhões - incluindo as oficias mais as da promoção independente. No geral, o movimento deve chegar a R$ 585 milhões no Estado - incluindo lojas físicas e as online vinculadas ou não ao portal oficial. "Isso representa 6,7% da massa salarial do Rio Grande do Sul", aponta o economista.
 

Lojas físicas estimam crescer 20% frente edição de 2017

As vendas das lojas físicas no Rio Grande do Sul devem superar a performance das lojas virtuais, com um crescimento de 20% sobre a edição anterior. "Com a Selic em 6,5% as pessoas têm mais incentivo para consumir do que para poupar, o que ajuda no consumo de bens duráveis", observa o economista da FCDL-RS, Eduardo Starosta. Pesquisa do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), aponta que haverá um crescimento do ticket médio de eletrodomésticos e móveis, atualmente em R$ 500,00.
No ano passado, o tíquete médio geral foi de cerca de R$ 230,00 - segundo a plataforma de e-commerce Nuvem Shop, onde as lojas cadastradas receberam mais de 3 milhões de visualizações via dispositivos móveis e mais de 2 milhões, via desktop.

Data fez de novembro o segundo mês mais significativo em negócios

A Black Friday se tornou a segunda maior data para o varejo nacional. De acordo com o presidente da CNDL, José César da Costa, 26% dos empresários brasileiros acreditam que a data é um indicativo para vendas no Natal. "Este é um bom momento para o varejo oferecer descontos atrativos e impulsionar suas vendas, já aquecendo seus negócios para o fim de ano", justifica Costa. Para o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), Paulo Kruse, a Black Friday "está caindo no gosto do consumidor". "Prova disso é o otimismo dos lojistas para as vendas e a projeção de estender as promoções", comenta o dirigente.
De acordo com o Sindilojas Porto Alegre, 35,8% das varejistas que irão participar do evento indicaram que irão prolongar os descontos da data, mesmo após o dia 24 de novembro. "Este dia de descontos é uma oportunidade para os lojistas venderem produtos a preços mais baixos e para o consumidor antecipar compras, especialmente aquelas que seriam realizadas para o Natal", indica Kruse. O consultor de economia da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Eduardo Starosta lembra que "a primavera é excelente aliada do consumo, e vários fatores alavancam outubro, mas novembro já ultrapassa o mês das crianças, somente por causa da Black Friday."
O economista da FCDL-RS destaca que o evento vem sendo ampliado pela maioria das lojas, especialmente as físicas, ao lembrar muitas empresas antecedem o dia oficial com uma semana de desconto. "Muitos antecipam suas compras de Natal para aproveitar os preços", concorda. "Mas grande parte do consumo é para aproveitar oportunidades mesmo." E, as lojas que aproveitam essa liquidação para eliminar seus estoques de produtos que estão ficando obsoletos geram espaço para versões mais modernas a serem disponibilizadas já no final do ano."
Dados coletados entre empresários do varejo em estudo realizado pela CNDL e pelo SPC Brasil aponta que 47% dos entrevistados acreditam que a Black Friday não interfere nas vendas de Natal - enquanto para 32% o evento contribui para aumentar o faturamento. Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, Natal e Black Friday são eventos com propósitos diferentes. "O hábito de presentear no Natal já é tradição no mundo todo, que envolve familiares e amigos. Já a Black Friday trata-se de uma compra pessoal, com a finalidade de aproveitar um grande desconto", observa. "Ainda assim, as vendas no Black Friday podem indicar um consumidor mais otimista e com mais apetite para as compras no Natal", completa Pelizzaro.

Procon Porto Alegre tem monitorado preços praticados desde setembro

Os preços de eletroeletrônicos e livros vem sendo monitorado na Capital gaúcha desde setembro pela equipe do Procon Porto Alegre. De acordo com a diretora do órgão de proteção ao consumidor, Sophia Vial, o levantamento vem sendo feito semanalmente, para evitar campanhas abusivas ou enganosas durante a Black Friday.
"O consumidor tem que começar o monitoramento com um mês de antecedência", alerta. Sophia aconselha que o consumidor tenha certeza do que precisa adquirir, para não comprar por impulso. "É bom optar por produtos duráveis, porque logo em seguida vem os gastos com os presentes de Natal."
Outra dica é conferir o prazo de entrega para se ter certeza que irá atender a expectativa que surge na hora da compra. "Hoje em dia está muito em voga o marketplace, uma espécie de shopping center virtual que reúne várias lojas dentro de uma plataforma. Além do preço é bom ter cuidado se o parceiro envolvido com a marca eleita irá entregar dentro do prazo - vale verificar os comentários de outros consumidores, para ver a pontuação da empresa", sugere.
Ainda no caso de compras on-line, Sophia diz que é possível verificar a lista de sites não são seguros no sítio do Procon-POA. "Aconselho entrar direto no site da empresa e não por links externos, evitando o risco de cair em uma fraude (entrando em site falso)."