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Tecnologia

- Publicada em 29 de Outubro de 2018 às 22:54

Oracle revê cultura para atender novo mercado

País agora conta com programa de aceleração de startups, diz Galvão

País agora conta com programa de aceleração de startups, diz Galvão


/ORACLE/DIVULGAÇÃO/JC
"Deixamos de pensar apenas em vender Lamborghinis para grandes companhias e passamos a ter uma oferta de mercado que serve para todo tamanho de empresa. Isso mudou nossa perspectiva." A afirmação do vice-presidente da Oracle na América Latina, Luiz Meisler, dá uma ideia do nível de mudança que vem acontecendo nos últimos anos da gigante de tecnologia, impulsionado pela nuvem.
"Deixamos de pensar apenas em vender Lamborghinis para grandes companhias e passamos a ter uma oferta de mercado que serve para todo tamanho de empresa. Isso mudou nossa perspectiva." A afirmação do vice-presidente da Oracle na América Latina, Luiz Meisler, dá uma ideia do nível de mudança que vem acontecendo nos últimos anos da gigante de tecnologia, impulsionado pela nuvem.
Até bem pouco tempo, o acesso ao portfólio da Oracle costumava ser difícil para grande parte do mercado. "Há dois anos, tínhamos um tíquete médio de US$ 1 milhão para cada negócio. Vendíamos softwares, e os clientes tinham ainda que contratar hardware e serviços. Com a nuvem, o fato de as companhias poderem pagar apenas pelo uso e não um valor fixo, faz toda a diferença", acrescenta.
A América Latina tem respondido positivamente a isso. Na região, o ingresso dos clientes da empresa no mundo cloud é mais representativo do que no mundo tradicional. Uma das explicações está nas dificuldades socioeconômicas que os países locais costumam enfrentar. "Passamos por tantas crises que já estamos acostumados a tomar risco. A mentalidade da região é ousada", analisa Meisler.
Dentro desta nova perspectiva, e com a meta de acessar o mercado como um todo, a Oracle iniciou há dois anos uma transformação cultural do seu time. A meta é migrar a visão vigente de vender, vender e vender para a de servir e encantar. Os times não podem mais se preocupar só em atingir a meta, mas entender a necessidade dos clientes.
A transição ainda não está completa, mas deve se acelerar em breve. "Estamos a 40%, mas quando chegar a 50% será exponencial porque esse processo é contagiante", prevê Meisler.
Um bom exemplo desta renovação da Oracle é o que tem se visto no Brasil. O presidente da operação no País, Rodrigo Galvão, tem 36 anos e é um típico representante da nova geração de executivos: jovem, cheio de ideias e capaz de criar engajamento com o seu time para fazer as coisas acontecerem rapidamente. "A Oracle tem espírito de startup", aponta.
Há cerca de um ano e meio, Galvão e seu time conseguiram fazer com que o Brasil se tornasse o oitavo país a contar com o programa de aceleração de startups da multinacional, o Osca. "Não existe crescimento em uma empresa de tecnologia se ela não estiver perto do ecossistema de empreendedorismo e se não trabalhar muito fortemente com os pilares da educação e da inclusão", defende.
O trabalho tem sido tão bem-sucedido que agora está começando a ser feita a expansão do Osca para países como México, Peru, Argentina e Chile. "Quando iniciamos o Osca no Brasil, tínhamos pouca penetração junto às startups e hoje estamos 100% dentro deste ecossistema", celebra Galvão. Segundo ele, a meta inicial era oferecer mentoria e criar conexões para estas jovens empresas, mas essa aproximação acabou gerando muita oxigenação para a operação da multinacional. "Foi muito positivo e agora vamos estender este trabalho para a América Latina", diz. Para Galvão, disrupção é correr risco, e a multinacional fez isso quando decidiu ir para cloud. "A Oracle iniciou essa migração faz algum tempo e adotou a estratégia de reescrever o seu ERP 100% para ser uma solução de nuvem de verde, e não uma maquiagem. Foi arriscado, mas depois que engrenou, o crescimento tem sido exponencial", destaca.
 

Startup paulista projeta cadeia de Blockchain para e-commerce

Stefan Rehm diz que sistema facilitará integração e segurança de dados

Stefan Rehm diz que sistema facilitará integração e segurança de dados


/PATRICIA KNEBEL/ESPECIAL/JC
A Intelipost, startup de São Paulo acelerada pela Oracle, está trabalhando em um projeto que tem tudo para se tornar uma referência no mercado no uso de Blockchain. A meta é reunir players do e-commerce nacional em uma cadeia única, onde toda logística de entrega dos produtos passará a ficar registrada de forma segura e fidedigna.
O projeto ainda é embrionário, mas já reúne nomes de peso. Marcas como Lojas Renner, Centauro e Correios, por exemplo, participaram de um encontro de três dias, onde foi criada a primeira versão da Blockchain da logística do Brasil. "O grande desafio será colocar a cadeia toda na mesma rede. Essa é a nossa ambição", aponta o diretor da Intelipost, Stefan Rehm.
Ele comenta que, com Blockchain, as empresas vão inserir dados em uma rede única e poderão confiar que os dados ali colocados estão corretos. "Se a transportadora falar que entregou, é porque entregou mesmo. Blockchain traz facilidade da integração e segurança dos dados", aponta. Um segundo encontro deverá ocorrer em março de 2019, quando serão incorporados novos parceiros e também definido o modelo do negócio e com quem ficará a governança do projeto.
A Intelipost está há quatro anos no mercado, tem 80 funcionários e apoia cerca de 300 clientes, na maioria grandes varejistas, a melhorar a sua experiência de entregas de produtos, fazendo o gerenciamento e rastreamento das compras feitas pelos consumidores.
A empresa fez parte da primeira turma do programa de aceleração de startups da Oracle, o Osca, em 2017. Rehm relembra que, de todas tecnologias que a Oracle oferece, o Blockchain foi a que mostrou potencial de ser a mais revolucionária para o negócio da startup. "Hoje fazemos todo esse gerenciamento das entregas para os nossos clientes, mas sem essa tecnologia. Quando vimos que Blockchain poderia destruir nosso negócio, decidimos tomar a frente e nos tornar líder disto", destaca.
Quando iniciou no Osca, a startup recebeu créditos em infraestrutura da Oracle, mas, de acordo com o empreendedor, o principal benefício da aceleração tem sido o acesso a todas as áreas corporativas da Oracle. "Conseguimos aprender como fazer vendas B2B, marketing e até mesmo como gerenciar melhor as relações com os nossos profissionais", destaca. "Além disso, estamos aqui", disse, referindo-se ao estande da empresa no Oracle OpenWorld 2018, que aconteceu na semana passada em São Francisco (EUA).