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Economia

- Publicada em 21 de Outubro de 2018 às 11:52

Startup gaúcha foca em realidade virtual para mercado da aviação agrícola

Bruno (e), Paola (c) e Alcidez (d) compõe o time da Smart ComposerVR

Bruno (e), Paola (c) e Alcidez (d) compõe o time da Smart ComposerVR


MARCO QUINTANA/JC
Luis Filipe Gunther
Voar sem tirar os pés do chão é quase improvável. Quase, pois um projeto desenvolvido pela Smart ComposerVR para o Sindicato Nacional de Empresas das Aviação Agrícola (Sindag) provou que é possível. Por este motivo, vem chamando a atenção em diversas feiras de aviação agrícola no Estado e outras regiões do País.
Voar sem tirar os pés do chão é quase improvável. Quase, pois um projeto desenvolvido pela Smart ComposerVR para o Sindicato Nacional de Empresas das Aviação Agrícola (Sindag) provou que é possível. Por este motivo, vem chamando a atenção em diversas feiras de aviação agrícola no Estado e outras regiões do País.
Especializada em produção de vídeos para realidade aumentada (RA), realidade virtual e instrução interativa para a indústria, a startup gaúcha foi desafiada a desenvolver um projeto para o público do Congresso Nacional de Aviação Agrícola, que aconteceu em agosto, no Paraná, pudesse mergulhar no ambiente da aviação agrícola, interagindo com funções como a pulverização em grandes lavouras, mas com uso da tecnologia da VR.
Ao colocar o óculos, o visitante foi transportado à uma nova realidade: uma sala de reuniões ocupada por um piloto, um agricultor, um técnico ambiental e o usuário. Nela, a equipe discute a área a ser pulverizada. Após ser definido plano de cobertura da lavoura, com o auxilio do sistema DGPS, sistema de localização utilizado por aeronaves agrícolas para evitar erro de aplicação de produtos, todos saem da sala e vão para o hangar para fazer a checagem da aeronave e o abastecimento.
Tudo encaminhado, chega a hora de decolar e começar a pulverização sobre a terra cultivada. Todo o processo pode ser acompanhado de dentro da cabine de pilotagem e pelo lado externo do monomotor. "Esse material surpreendentemente, para nós, foi o destaque do congresso", diz Bruno Boris, fundador e diretor de tecnologia da Smart ComposerVR. O estande da associação ficou lotado, com fila para colocar o equipamento e navegar na novidade.
A solução, focada na visualização de como funciona o processo de aplicação de defensivos agrícolas, serviu ainda para mostrar como são montadas as peças do avião agrícola. Neste caso, foi utilizada a tecnologia de realidade aumentada ou instrução interativa com sensores, que sinaliza, passo a passo, como montar e desmontar as peças do monomotor e sua carcaça. Para isso, são utilizadas fitas com sensores rfid que identificam as partes da aeronave e são lidos por um aplicativo instalado em novos modelos de smartphones.
Bem visto nas feiras onde participa, o projeto já tem mais de 80 potenciais clientes de diversas áreas, diz o fundador da Smart ComposerVR. Desde a primeira participação no congresso de aviação, a startup, com sede em Porto Alegre, já entregou sete produtos para empresas aéreas nacionais e do setor metalúrgico.
Boris garante que já pedidos internacionais para o desenvolvimento de instrução de montagem interativa, mas ele prefere manter em sigilo os clientes. “Só posso revelar que o comprador é da área da aviação”, indica. Mais recentemente, uma indústria de móveis também procurou a Smart ComposerVR para desenvolver um projeto para que seus clientes pudessem montar a sua mobília com uso dos recursos virtuais. Na última Mercopar, em Caxias do Sul, Boris e equipe fizeram demonstrações em um estande e repetiram a atração dos óculos de VR.
Para desenvolver a solução virtual, uma equipe estuda a demanda do cliente e constrói um projeto ajustado às necessidades. Visitas às sedes das empresas e operações ajudam a levantar informações, cenários e definir a solução. O vídeo interativo pode ser passado em televisores, smartphones (com os óculos de realidade virtual) e tablet.
A decisão de entrar no segmento de VR surgiu por uma experiência de Boris em uma empresa de geradores elétricos. Uma das maiores dificuldades era o treinamento do pessoal, observa. “A solução que desenvolvemos tem muito mercado, pois reduz as falhas e aumenta a qualidade no trabalho de quem tem de operar e executar tarefas.”
A parceria com o Sindag não se restringiu ao ambiente corporativo. Para conscientizar alunos de escolas públicas e privadas sobre o uso de defensivos e a aplicação por meio aéreo, o sindicato decidiu ambientar o conteúdo de palestras, com uso da realidade virtual, dando mais visibilidade para a solução da startup. O produto também foi parar em escolas de formação de pilotos. "Estamos estudando a criação de protótipos para instrução de alunos com uso da instrução interativa, para acionar e comandar uma aeronave", completa o diretor d tecnologia da empresa gaúcha.
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