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Economia

- Publicada em 10 de Outubro de 2018 às 17:01

Exportações gaúchas têm recuo forte, com queda de 19,4% em setembro

Tanto o setor de produtos básicos quanto a indústria gaúcha registram queda

Tanto o setor de produtos básicos quanto a indústria gaúcha registram queda


GOVERNO DO ESTADO DO RS/DIVULGAÇÃO/JC
As vendas externas de produtos gaúchos registram forte queda em setembro ante o mesmo mês do ano passado. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), as exportações do Estado totalizaram US$ 1,3 bilhão, caindo significativamente em relação ao dois principais compradores, China e Argentina.
As vendas externas de produtos gaúchos registram forte queda em setembro ante o mesmo mês do ano passado. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), as exportações do Estado totalizaram US$ 1,3 bilhão, caindo significativamente em relação ao dois principais compradores, China e Argentina.
Tanto o setor de produtos básicos (35,1% ou US$ 455 milhões do montante exportado) quanto a indústria gaúcha (64,9% ou US$ 836 milhões) registram queda nessa base de comparação. Os produtos básicos caíram 13,3%, enquanto a indústria exportou 22,2% a menos.
Conforme o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, a situação no principal comprador vizinho e o custo do frete para o país asiático afetaram os números. "O novo acordo da Argentina, que passa por grave crise, com o FMI, prevê um forte controle monetário e medidas de ajuste que podem ter impactos recessivos e começam a influenciar na capacidade de importação do país vizinho. Nas exportações de produtos básicos, principalmente para a China, o aumento do custo do frete e a elevada base de comparação no mesmo mês do ano passado podem estar afetando os embarques”, explica Petry.
Sozinha, a China foi responsável pela queda total de 15,5% nas exportações gaúchas (US$ 84 milhões) em setembro, reduzindo em 13,1% as compras de produtos básicos (US$ 62 milhões). O impacto da Argentina foi ainda maior, com as vendas caindo 66,7% no mês (US$ 120 milhões), especialmente no setor de Veículos, carrocerias e reboques (US$ 55 milhões), que registrou retração de 84,6%.
Na indústria de transformação, os principais destaques foram os segmentos de Coque e derivados do petróleo e de biocombustíveis (+1.033,3%), Celulose e papel (+25%) e Borracha e plástico (+4,5%). Porém, das 22 categorias do setor secundário para as quais houve algum embargue em setembro, 15 apresentaram decréscimo em comparação com o mesmo período do ano passado, especialmente Veículos automotores, reboques e carrocerias (-45,5%), Máquinas e equipamentos (-33,8%) e Produtos de metal (-32%). Por outro lado, as importações do Estado atingiram US$ 982 milhões, crescimento de 18,3% em relação a setembro de 2017. Apesar da queda em Bens de consumo duráveis (-45,4%) e Semiduráveis (-36,4%), a variação positiva é atribuída a Bens de capital (+3,7%) e Intermediários (+24,8%).
Mesmo com a retração em setembro, no acumulado do ano o montante exportado pelo Rio Grande do Sul, na comparação com o mesmo período de 2017, alcança US$ 16,4 bilhões, desempenho 23,7% superior. Com participação de 73,5% no total das vendas externas, a indústria gaúcha apresentou crescimento de 32,1%.
Essa alta foi gerada pelas operações com duas plataformas de petróleo e gás exportadas para Holanda e Panamá, no valor de US$ 1,53 bilhão e US$ 1,3 bilhão, respectivamente. Se desconsideradas as plataformas, o crescimento seria bem menor, de 2,3% no total exportado pelo RS, no qual a indústria apresentaria uma expansão modesta de 0,9%.
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