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conjuntura

- Publicada em 05 de Outubro de 2018 às 01:00

Eleição confunde investidores sobre agenda de reformas

Instituto não descarta cenário onde próximo governo não adote políticas fiscais como a da Previdência

Instituto não descarta cenário onde próximo governo não adote políticas fiscais como a da Previdência


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
A corrida presidencial disputada no Brasil - em meio à alta fragmentação política, à desconfiança pública generalizada de partidos políticos tradicionais e a uma economia lenta - tem gerado dúvidas entre os investidores sobre a continuidade da agenda de reformas, apontou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) em relatório publicado nesta quinta-feira. De acordo com o instituto, a fragilidade das finanças públicas oferece um escopo limitado para uma escorregada política, e isso é o principal risco à perspectiva. "Um déficit fiscal de mais de 7% do PIB poderia elevar custos de empréstimos e reduzir o crescimento", apontou o IIF.
A corrida presidencial disputada no Brasil - em meio à alta fragmentação política, à desconfiança pública generalizada de partidos políticos tradicionais e a uma economia lenta - tem gerado dúvidas entre os investidores sobre a continuidade da agenda de reformas, apontou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) em relatório publicado nesta quinta-feira. De acordo com o instituto, a fragilidade das finanças públicas oferece um escopo limitado para uma escorregada política, e isso é o principal risco à perspectiva. "Um déficit fiscal de mais de 7% do PIB poderia elevar custos de empréstimos e reduzir o crescimento", apontou o IIF.
O instituto destacou, ainda, que um cenário no qual o próximo governo seja incapaz de adotar politicamente medidas fiscais, incluindo a reforma da Previdência, não pode ser completamente descartado. "Não controlar os gastos poderia rapidamente minar a confiança do investidor e forçar um endurecimento da política monetária, prejudicando o crescimento", acrescentou.
O maior risco à perspectiva de crescimento global é a escalada das tensões comerciais entre EUA e China, apontou o IIF em relatório publicado nesta quinta-feira. No entanto, foram os ventos contrários provenientes de emergentes que levaram o IIF a reduzir a perspectiva de crescimento em 2018 em relação às estimativas feitas em abril. "Os mercados emergentes estão sofrendo vários choques, entre eles, aumentos das taxas de juros globais, tensões comerciais e episódios de estresse na Argentina e na Turquia", destacou o instituto.
Diante disso, a previsão de crescimento global para 2018 diminuiu em 0,3 ponto percentual (p.p.), para 3,2%. Para 2019, a estimativa é de 3,1%, 0,3 p.p abaixo da previsão de abril. Enquanto a previsão de crescimento dos Estados Unidos em 2018 permaneceu inalterada em 2,9%, "nós rebaixamos nossas projeções para a zona do euro para 2,1% (-0,4 p.p) e para o Japão para 1,2% (-0,2 p,.p.)". "A dessincronização do crescimento global aprofundou-se desde abril."

Investimentos sobem 0,3% em agosto ante julho, diz Ipea

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançou 0,3% em agosto em relação a julho de 2018, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em julho, o indicador havia recuado 0,3% ante junho. Em relação a agosto de 2017, o indicador teve alta de 3,5%. No acumulado em 12 meses, o crescimento chegou a 3,5%.
Entre os componentes da FBCF, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came, formado pela produção doméstica líquida das exportações acrescida das importações) avançou 3% em agosto. "Enquanto a produção interna de bens de capital líquida de exportações permaneceu estável, a importação de bens de capital aumentou 14,9% na margem", diz a nota do Ipea.
Já a construção civil, outro componente importante da FBCF, recuou 2,2%, interrompendo sequência de dois avanços na série com ajuste sazonal. O terceiro componente da FBCF, classificado como outros ativos fixos, apresentou queda de 1% na passagem de julho para agosto. "Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o desempenho foi heterogêneo", diz a nota do Ipea.
Enquanto o ritmo de crescimento do Came permaneceu estável, passando de 12,6% em julho para 12,9% em agosto, a construção civil e o componente "outros" registraram "fraco desempenho", com quedas na comparação interanual de 1,2% e 1,1%, respectivamente.