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Tecnologia

- Publicada em 01 de Outubro de 2018 às 00:01

Parque Canoas de Inovação inicia operação

Com 250 hectares de área, espaço possui a perspectiva de se tornar uma referência no segmento

Com 250 hectares de área, espaço possui a perspectiva de se tornar uma referência no segmento


/VINICIUS THORMANN/DIVULGAÇÃO/JC
A Novus inicia hoje a sua operação plena no Parque Canoas de Inovação (PCI), de onde passará a embarcar os seus produtos para mais de 60 países. A empresa é a primeira a se instalar no ambiente, que tem uma área total de 250 hectares e a perspectiva de se tornar uma referência na geração de bens e serviços intensivos em conhecimento.
A Novus inicia hoje a sua operação plena no Parque Canoas de Inovação (PCI), de onde passará a embarcar os seus produtos para mais de 60 países. A empresa é a primeira a se instalar no ambiente, que tem uma área total de 250 hectares e a perspectiva de se tornar uma referência na geração de bens e serviços intensivos em conhecimento.
A inauguração oficial será em novembro, junto com a Exatron. As duas primeiras empresas gaúchas a ocupar o parque estão investindo nesta primeira etapa R$ 20 milhões e R$ 25 milhões respectivamente. "Queremos que este espaço se torne um cluster de tecnologia", aposta o secretário do Desenvolvimento Econômico e também de Relações Institucionais de Canoas, Alexandre Bittencourt.
Neste primeiro momento, o foco é o setor eletroeletrônico. Cinco empresas foram selecionadas no primeiro edital: Digistar, TCS e Victum, além claro, da Novus e da Exatron. As obras de edificação da TCS já se iniciaram, e as demais estão previstas para começar em meados de 2019. A expectativa é que essas cinco operações gerem, nesta primeira etapa, 530 empregos. O projeto original ainda prevê a instalação de bancos, hotéis, restaurantes e auditórios.
Foram investidos R$ 12 milhões pelo governo do Estado e pelo município em pavimentação, redes de esgoto e elétrica, entre outras. Além disso, a prefeitura doou 5,6 hectares - mais o investimento de R$ 5.635.549,00 no PCI, sob forma de terrenos. Os valores são diferentes de acordo com as áreas ocupadas pelas empresas: R$ 471.794,00 (Victum), R$ 532.400,00 (Digistar), R$ 2.079.554,00 (Exatron), R$ 1.643.777,00 (Novus) e
R$ 908.024,00 (TCS). Em contrapartida, as companhias terão que investir o dobro em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) nos próximos oito anos.
Fabricante de produtos para automação industrial e predial e com exportações para mais de 60 países, a Novus está levando 100% da sua operação de Porto Alegre para o Canoas. "São cerca de 180 colaboradores e uma fábrica que é três vezes maior que atual, e com possibilidade de ser duplicada em breve", confirma o diretor-presidente da Novus, Aderbal Lima.
Toda área de pesquisa, desenvolvimento e marketing da operação ficará em Canoas. O investimento será de R$ 20 milhões neste primeiro momento. Um dos pontos altos da operação é a aposta na Internet das Coisas (IoT).
A fabricante tem filiais em diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Campinas e no Nordeste, e também em outros países como Argentina, Estados Unidos e França, além de uma unidade em Hong Kong para atender o mercado chinês.
Lima comenta que, dentro do PCI, tudo está sendo pensando com o viés da integração. "Temos uma grande sinergia com as outros players. Somos empresas consumidoras de microcomponentes eletrônicos para produzir produtos eletrônicos sofisticados", relata.
Com a mudança e com os investimentos realizados em novas máquinas e equipamentos, a Novus terá de imediato um aumento de 30% da sua capacidade fabril. O aumento mais relevante, porém, ocorrerá no biênio 2019-2020. "Faremos novos investimentos em ampliação da capacidade e colheremos os benefícios do aumento de produtividade resultantes das novas tecnologias de fabricação", comenta o diretor de Tecnologia e Operações da Novus, Marcos Dillenburg. A produção anual em volume é de 300 mil unidades, sendo mais da metade exportados.

Exatron investe R$ 25 milhões em unidade e aposta em sinergia entre os empreendimentos

Exatron está investindo R$ 25 milhões na unidade em Canoas, diz Haubert

Exatron está investindo R$ 25 milhões na unidade em Canoas, diz Haubert


ANTONIO PAZ/JC
Um dos principais atrativos do Parque Canoas de Inovação é a sinergia que deverá gerar entre todas as empresas que se instalarem no local. Isso deve acontecer, por exemplo, com os laboratórios de ensaios e instrumentos, que poderão ser compartilhados, e até mesmo de maquinários em situações eventuais, como quando o de alguma empresa estiver em manutenção.
É o que aposta o diretor da Exatron e vice presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Régis Haubert. "A expectativa das empresas é grande. É um modelo diferente de parque, fora do ambiente de uma universidade, e esperamos que em 15 anos esteja consolidado como referência em inovação em vários setores da economia", projeta.

A Exatron está investindo
R$ 25 milhões na unidade em Canoas, que receberá 170 colaboradores. A empresa é líder do mercado em sensores de presença para iluminação e reles fotoelétricos de iluminação pública e produz 4,3 milhões de produtos por ano. "Com o lançamentos das linhas elétrica e de automação residencial, a nossa meta é de dobrar a empresa em até quatro anos", conta Haubert.

Ele explica que, nesta Fase 1, o foco são as empresas de automação e controle. Mas, os planos são audaciosos, já que o Parque Canoas de Inovação será o maior cluster aberto do Rio Grande do Sul, com uma área total de 250 hectares. "A área disponível comporta 100 empresas. A Fase 3 abrirá a perspectiva de outras áreas de indústria voltadas para inovação se integrarem, formando um verdadeiro ecossistema de inovação desse parque", projeta.
Em novembro, a prefeitura de Canoas vai lançar um edital para qualificação de profissionais para a montagem de componentes eletrônicos. O curso será gratuito. "Vamos preparar a mão de obra da região para poderem trabalhar nas empresas que vão se instalar aqui", conta o secretário do Desenvolvimento Econômico e também de Relações Institucionais de Canoas, Alexandre Bittencourt.
Ele conta que a expectativa das cinco empresas é arrecadar R$ 70 milhões por ano de ICMS. "Estamos dando as condições para elas começarem logo a operação, até para começar a beneficiar o município", diz.