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Economia

- Publicada em 19 de Setembro de 2018 às 00:04

Siemens manifesta interesse em termelétrica

André Clark admite o interesse do grupo pela iniciativa

André Clark admite o interesse do grupo pela iniciativa


LUIZA PRADO/JC
Jefferson Klein
O projeto da Termelétrica Rio Grande, vinculado a um complexo de gás natural liquefeito (GNL), continua no limbo. Sem a certeza de que terá continuidade, no entanto, a iniciativa continua chamando a atenção de grandes players. O diretor presidente da Siemens do Brasil, André Clark, por exemplo, admite o interesse do grupo pela iniciativa.
O projeto da Termelétrica Rio Grande, vinculado a um complexo de gás natural liquefeito (GNL), continua no limbo. Sem a certeza de que terá continuidade, no entanto, a iniciativa continua chamando a atenção de grandes players. O diretor presidente da Siemens do Brasil, André Clark, por exemplo, admite o interesse do grupo pela iniciativa.
A disposição da companhia não é de agora. O executivo comenta que o empreendimento atraiu fortemente a Siemens no passado, mas é um projeto que ainda tem questões a serem resolvidas, em especial, quanto ao licenciamento ambiental. Clark afirma que a empresa não descarta, futuramente, com a iniciativa retomada e viabilizada, entrar no empreendimento como sócia e/ou fornecedora de equipamentos. "É um bom projeto, bem localizado e tudo mais, só, como todo o projeto, precisa terminar", enfatiza.
Segundo a assessoria de imprensa da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o processo de licenciamento da usina segue em análise, tendo sido necessário refazer alguns estudos na área de risco. Em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revogou a autorização da termelétrica. O projeto, capitaneado pela empresa gaúcha Bolognesi, venceu em 2014 um leilão de energia para comercializar a sua geração. Posteriormente, o órgão regulador alegou dificuldades dos empreendedores em cumprir o cronograma de construção da unidade. Logo após a decisão, os investidores entraram com recurso administrativo para tentar reverter a revogação da outorga. O tema ainda aguarda uma posição da Aneel.
A termelétrica (de 1.238 MW de capacidade instalada) é associada a instalação de um terminal de GNL com potencial para até 14 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia. Juntas, as estruturas representarão um investimento superior a R$ 3 bilhões. Conforme fonte que acompanha o processo, a atual interessada em assumir a iniciativa é a norte-americana ExxonMobil.
No ano passado, a Bolognesi já havia repassado para a empresa Prumo os direitos da termelétrica Novo Tempo, projeto idêntico em tamanho ao de Rio Grande. Esse complexo está sendo implantado em São João da Barra, no Rio de Janeiro, e a Prumo conta como sócias justamente a Siemens e a BP. Clark também vê oportunidades no Rio Grande do Sul em áreas como a da geração distribuída (produção de eletricidade no local de consumo, com a possibilidade de jogar o excedente na rede elétrica e usufruir de créditos para abater na conta de luz) e agroenergia. Até mesmo quanto à termelétrica da AES Uruguaiana, que opera esporadicamente, o executivo diz que a empresa está atenta ao que pode ocorrer com a usina. Clark palestrou nessa terça-feira em reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul.
Na ocasião, o dirigente ressaltou que o Brasil está se inserindo gradualmente no conceito da Indústria 4.0 (com maior grau de automação e digitalização dos processos), que renderá enormes benefícios para o País. Além de aumentar a produtividade das empresas, a prática une o sistema produtivo ao consumidor. A Siemens atua em segmentos como energia, automação, tecnologias prediais, saúde, mobilidade, entre outros. Recentemente, a empresa lançou o Centro de Competências de Carnes. Clark detalha que a unidade, situada em São Paulo, tem como objetivo desenvolver softwares e tecnologias, juntamente com os clientes, para o uso da automação e rastreabilidade de produtos na cadeia da carne.
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