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Economia

- Publicada em 19 de Setembro de 2018 às 01:00

TCU vê indícios de lavagem de dinheiro em financiamento do Banco do Brasil para Val Marchiori

Socialite recebeu dois empréstimo que na época somaram R$ 2,9 mi

Socialite recebeu dois empréstimo que na época somaram R$ 2,9 mi


/BRUNO SANTOS/FOLHAPRESS/JC
O ministro André Luís de Carvalho, do Tribunal de Contas da União (TCU), vai pedir nesta quarta-feira, que a corte multe gestores do Banco do Brasil por supostas fraudes em empréstimos concedidos a uma empresa da apresentadora e socialite Val Marchiori.
O ministro André Luís de Carvalho, do Tribunal de Contas da União (TCU), vai pedir nesta quarta-feira, que a corte multe gestores do Banco do Brasil por supostas fraudes em empréstimos concedidos a uma empresa da apresentadora e socialite Val Marchiori.
Em voto a ser apresentado em plenário, ele sustenta haver indícios de lavagem de dinheiro em operações feitas pela firma dela, após a obtenção dos recursos. A Torke Empreendimentos, que tinha Val como sócia, obteve em 2013 financiamento de R$ 2,7 milhões para a compra de cinco caminhões. O dinheiro vinha do Programa de Sustentação do Investimento, do Bndes.
Outros R$ 200 mil, de linha de crédito do próprio Banco do Brasil, foram liberados para a compra de um Porsche Cayenne, de uso da apresentadora, totalizando R$ 2,9 milhões. O caso foi noticiado em 2014. O TCU abriu uma investigação e pautou o caso para julgamento em setembro do ano passado. O relator do processo, ministro José Múcio Monteiro, discordou dos auditores da corte - que propunham multas - e votou para que os gestores do BB não fossem punidos. Houve pedido de vista de Carvalho, que apresentará nesta quarta-feira posição divergente.
Segundo ele, a Torke visava cuidar da carreira de Val e proteger o patrimônio dos filhos dela de eventual litígio de um casamento. Contudo, orientada pelo próprio banco de que o objeto social não era compatível com a obtenção do financiamento para os caminhões, ela providenciou "simuladamente alterações estatutárias fraudulentas" para que a empresa passasse a prestar, "apenas formalmente", serviços de carga e de locação de veículos e equipamentos, entre outros.
"Promovida essa evidente simulação fraudulenta, sobreveio, em menos de um mês, a celebração do correspondente contrato de financiamento para os cinco caminhões", escreveu Carvalho. Como o limite de crédito autorizado era alto, foi possível também liberar dinheiro para o Porsche. Mas o ministro argumenta que a linha de crédito era empresarial e, portanto, incompatível com a obtenção de um carro de uso pessoal. Ele observa, além disso, que a socialite foi beneficiada com taxa de juros menor que a aplicável ao caso.
No voto, o ministro pede a aplicação de multas de R$ 10 mil a 12 gestores do banco que teriam sido negligentes na análise dos empréstimos. O gerente que orientou Val a fazer alterações estatutárias deve ser penalizado em R$ 20 mil.
 
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