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Economia

- Publicada em 14 de Setembro de 2018 às 01:00

Brasileiros temem perder vaga para a automação

Receio é que a entrada de robôs no mercado agrave a desigualdade

Receio é que a entrada de robôs no mercado agrave a desigualdade


TOBIAS SCHWARZ/AFP/JC
Oito em 10 brasileiros acham que a entrada de robôs e computadores no mercado de trabalho vai agravar ainda mais as desigualdades entre ricos e pobres no País. A conclusão é de um estudo do centro de pesquisas Pew Research Center divulgado nesta quinta-feira.
Oito em 10 brasileiros acham que a entrada de robôs e computadores no mercado de trabalho vai agravar ainda mais as desigualdades entre ricos e pobres no País. A conclusão é de um estudo do centro de pesquisas Pew Research Center divulgado nesta quinta-feira.
Além do Brasil, o levantamento foi feito a partir de dados de outros nove países: Grécia, Japão, Canadá, Argentina, Polônia, África do Sul, Itália, Hungria e EUA.
Os brasileiros aparecem em terceiro lugar entre os mais preocupados com o aumento da desigualdade em decorrência da eliminação de empregos com a adoção das máquinas. Eles ficam atrás de gregos (87%) e argentinos (86%).
O pessimismo também fica claro na avaliação de que as pessoas teriam mais dificuldade de encontrar emprego. De novo, o Brasil surge na terceira posição, com 83%. Grécia e Argentina lideram nesse quesito.
Para a maioria, muito do trabalho que hoje é realizado por humanos vai ser feito por robôs e computadores nos próximos 50 anos. Nesse sentido, os brasileiros estão entre os que menos veem esse cenário: só 18% acham que definitivamente isso vai ocorrer. Para 61%, a substituição é uma probabilidade.
Já metade dos gregos (52%) avalia que máquinas definitivamente farão o trabalho de humanos dentro de meio século, percentual bem parecido com o de sul-africanos (45%).
Os brasileiros mais jovens se mostram significativamente mais preocupados que as gerações mais velhas com o impacto da automação no mercado de trabalho. Segundo o Pew, 90% dos que têm entre 18 e 29 anos acham que a automação vai definitivamente acontecer, contra 77% dos que têm entre 30 e 49 anos e 73% dos acima de 50 anos.
O estudo identificou ainda um ceticismo em relação ao benefício econômico trazido pela automação. Em sete dos 10 países avaliados, mais da metade da população não acha que a utilização de robôs e computadores em postos de trabalho vai tornar a economia mais eficiente. No Brasil, a fatia é de 47%.
Em nenhum dos países analisados a maioria da população considera que a aplicação de robôs e computadores no mercado de trabalho vai gerar novos empregos e melhorar os salários.
No recorte por gênero, as brasileiras são mais céticas que os brasileiros: só 32% delas acham que a substituição vai gerar mais emprego e melhores salários.
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