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Economia

- Publicada em 13 de Setembro de 2018 às 21:53

Rodada de negócios tenta ligar cadeia automotiva

Encontro reuniu cerca de 60 empresas, aproximando fornecedores e compradores de insumos

Encontro reuniu cerca de 60 empresas, aproximando fornecedores e compradores de insumos


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Sede de diversas indústrias de veículos, o Rio Grande do Sul ainda busca a integração de todos os elos da cadeia produtiva da mobilidade. Dentro desse esforço, uma das apostas é em rodadas de negócios, como a realizada nesta quinta-feira na Capital, buscando aproximar fornecedores e compradores de insumos. Capitaneada pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), com apoio do Sebrae e da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), a atividade alcançou cerca de 60 empresas, que se apresentaram para outra dezena de indústrias automotivas do Estado.
Sede de diversas indústrias de veículos, o Rio Grande do Sul ainda busca a integração de todos os elos da cadeia produtiva da mobilidade. Dentro desse esforço, uma das apostas é em rodadas de negócios, como a realizada nesta quinta-feira na Capital, buscando aproximar fornecedores e compradores de insumos. Capitaneada pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), com apoio do Sebrae e da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), a atividade alcançou cerca de 60 empresas, que se apresentaram para outra dezena de indústrias automotivas do Estado.
As rodadas não são novidade, mas esta foi a primeira realizada de forma setorial. Até então, as rodadas de negócios realizadas pelo poder público tinham seus focos em projetos específicos, como a busca de fornecedores locais para a Fraport ou a Foton, por exemplo. O segmento foi escolhido dentro do Programa MULT (Mobilidade Urbana, Logística e Transporte), com foco na inovação, e que tem como objetivo, justamente, consolidar o Estado como um centro de referência no segmento no Brasil.
Segundo a coordenadora da assessoria técnica da Sdect, Maria Paula Merlotti, além de expandir o volume de compras das indústrias gaúchas dentro do próprio Estado, há a preocupação de conseguir manter o segmento em meio à crise prolongada. "Não podemos deixar que se desmobilize a cadeia produtiva, e também buscar manter a competitividade do Estado em um momento de grandes transformações no setor", argumenta Maria Paula. Das rodadas anteriores, a coordenadora afirma perceber um "bom sinal", que é o interesse das empresas em fazer compras.
De um convite extensivo às indústrias do segmento com plantas no Rio Grande do Sul, sete se apresentaram na rodada como compradoras: Marcopolo, Nexteer, Yapp, Valeo, Mahindra, Ceva e Gefco.
Comprador da Nexteer, que fabrica sistemas de direção em Porto Alegre, Leonardo Bortolini Santos argumenta que há momentos em que estrategicamente é importante ter fornecedores próximos à planta. A empresa buscou, na rodada, parceiros para as demandas mais imediatas na fábrica, como usinagem, logística e estamparia.
"Há um potencial muito grande, pois a indústria gaúcha é bem completa", comenta Santos sobre a participação na atividade, destacando o polo metalmecânico de Caxias do Sul como possível fornecedor à indústria.
A maioria dos insumos da Nexteer, porém, vem de São Paulo, fato explicado por Santos pela maior capacitação dos paulistas quanto ao cumprimento de normas e padrões exigidos pela indústria automotiva. "Falta ainda puxar mais a questão da profissionalização das empresas gaúchas, ainda há muita administração familiar e pouca implementação de normas como as da ISO", comenta Santos.
Do outro lado do balcão, João Paulo Giequelin, vendedor da fábrica de peças automotivas (em especial janelas e portas) Celeste, de Caxias do Sul, participou da rodada em busca de novos parceiros e, também, da ampliação dos acordos já existentes. "No dia a dia, nem sempre surge espaço para uma aproximação maior. Aqui (na rodada), as indústrias estão mais abertas", comenta.
Como a venda é feita diretamente pela fábrica, Giequelin argumenta que vê mais oportunidades para fornecimento a indústrias gaúchas, especialmente quanto a produtos para vans e motorhomes. "Na linha de ônibus é mais tranquilo, pois já fornecemos para várias indústrias daqui e de estados como o Paraná. O vendedor defende que o momento do setor vem melhorando aos poucos, mas ainda longe do auge, em 2014.
 
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