O chocolate produzido em Gramado, na serra gaúcha, contará, em breve, com um selo de indicação e procedência. O pré-lançamento do rótulo foi realizado ontem, na Rua Coberta. Desenvolvido com o apoio o Sebrae, o registro foi encaminhado ao instituto Nacional de Proteção Intelectual (INPI) em julho. Deve levar cerca de dois anos para conclusão do processo.
Segundo o presidente da Associação das Indústrias de Chocolate de Gramado (Achoco), Altanísio Ferreira de Lima, a concessão em definitivo deve ocorrer em um período de seis a oito meses. “Acredito que até a Pascoa do ano que vem recebemos o selo”, projeta.
Em um primeiro momento, cinco empresas (Caracol, Gramadense, Planalto, Lugano e Florybal) farão uso do rótulo, por já terem se adaptado aos requisitos necessários. Posteriormente, a ideia é aderir outras 40 indústrias do ramo que têm sede no município. “Queremos criar uma cooperativa e produzir matéria-prima com cooperação técnica, para que todas possam ter o padrão de qualidade e obter o selo”, relata o presidente da Achoco.
Além de agregar valor ao chocolate gramadense, a expectativa das indústrias é oferecer garantia de qualidade aos consumidores. “Para o setor produtor de chocolate é fundamental, porque temos tido problemas com pirataria”, conta Lima.
Para obter o selo de procedência geográfica, uma das exigências é de que o chocolate seja produzido com pelo menos 35% de cacau, sem utilizar gordura hidrogenada, soro de leite ou cacau em pó como substitutivos. As empresas serão fiscalizadas pela Achoco, com assessoria do Sebrae, para garantir o atendimento aos requisitos. Após a aprovação pelo INPI, a expressão “Chocolate de Gramado” só poderá ser utilizada pelas empresas que aderirem ao processo.
Concessão em definitivo do selo pode sair em até seis meses