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Economia

- Publicada em 10 de Setembro de 2018 às 22:10

Estudo propõe autonomia energética regional

Sari reforça que complexos gaúchos não são bem-sucedidos em leilões

Sari reforça que complexos gaúchos não são bem-sucedidos em leilões


/CLAITON DORNELLES /JC
Jefferson Klein
Vários empreendedores no Rio Grande do Sul, particularmente os envolvidos com os segmentos eólico e carbonífero, defendem a realização de leilões de energia por parte do governo federal que aproveitem as vocações de cada estado. Para apontar as vantagens dessa estratégia, 10 companhias ligadas à área eólica encomendaram à consultoria carioca Engenho um estudo sobre autonomia energética regional. O trabalho será apresentado na tarde de quinta-feira na Secretaria estadual de Minas e Energia.
Vários empreendedores no Rio Grande do Sul, particularmente os envolvidos com os segmentos eólico e carbonífero, defendem a realização de leilões de energia por parte do governo federal que aproveitem as vocações de cada estado. Para apontar as vantagens dessa estratégia, 10 companhias ligadas à área eólica encomendaram à consultoria carioca Engenho um estudo sobre autonomia energética regional. O trabalho será apresentado na tarde de quinta-feira na Secretaria estadual de Minas e Energia.
Atualmente, os leilões contratam a energia que será enviada para o sistema elétrico interligado nacional levando em consideração, fundamentalmente, o menor preço de geração e não o lugar em que será construída a usina. O presidente do Sindicato das Empresas de Energia Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica-RS), Guilherme Sari, comenta que um dos benefícios de colocar na balança a localização do empreendimento é o fato da produção de energia poder ficar mais próxima dos centros com maior consumo de eletricidade. Esse cenário diminuiria perdas técnicas ao escoar a energia e a necessidade de investimentos em infraestrutura de transmissão.
A descentralização também permitiria amenizar a concentração que vem se verificando no mercado eólico. Sari destaca que a elevada competitividade registrada nos últimos leilões, principalmente devido aos projetos no Nordeste brasileiro, tem dificultado a propagação de empreendimentos situados em outras regiões. "A gente sabe que aqui no Sul há iniciativas com bons potenciais, mas, muitas vezes, têm produtividades inferiores às do Nordeste", frisa o presidente do Sindieólica-RS. O dirigente reforça que mesmo que a geração de um projeto regional seja eventualmente mais cara em um primeiro momento, é possível que a eletricidade que chega ao consumidor final não seja mais onerosa, se for possível evitar a realização de muitas obras de transmissão para fazer a conexão com a rede.
Sari recorda que, há cerca de quatro anos, complexos eólicos no Rio Grande do Sul não são bem-sucedidos em leilões. "Da forma que está, muito dificilmente (empreendimentos gaúchos) conseguirão entrar", adverte. Somente em projetos que se encontram em alguma etapa do processo de licenciamento ambiental, o Rio Grande do Sul conta hoje com iniciativas que totalizam mais de 7 mil MW em capacidade instalada (o suficiente para abastecer todo o Estado, com sobra de energia).
Apesar do estudo sobre a autonomia energética regional ter sido encomendado por companhias vinculadas ao setor eólico na Região Sul do País, Sari detalha que o levantamento abrange todas as fontes de energia. O objetivo, posteriormente, é levar esse documento para instituições como o Ministério de Minas de Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para que possam formular políticas a respeito da compra de energia.
 
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