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Economia

- Publicada em 07 de Setembro de 2018 às 18:18

Bolsas de Nova Iorque fecham em baixa com tensões comerciais e mais empregos nos EUA

Agência Estado
Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira (7) em baixa, pressionados pela escalada nas disputas comerciais envolvendo os Estados Unidos e a China, após novas ameaças tarifárias vindas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira (7) em baixa, pressionados pela escalada nas disputas comerciais envolvendo os Estados Unidos e a China, após novas ameaças tarifárias vindas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Além disso, os números robustos do mercado de trabalho do país também afetaram negativamente as bolsas à medida que os investidores veem como maiores as chances de novas elevações nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,31%, aos 25.916,54 pontos; o S&P 500 caiu 0,22%, aos 2.871,68 pontos; e o Nasdaq recuou 0,25%, aos 7.902,54 pontos. Com esses resultados, o Dow Jones perdeu 0,43% na semana; o S&P 500 baixou 1,10% no mesmo período, enquanto o Nasdaq cedeu 2,45%.
O Departamento do Trabalho dos EUA mostrou adição de 210 mil novos postos de trabalho no país em agosto, acima das projeções de analistas que apontavam para criação de 193 mil vagas. O número que mais chamou atenção, porém, foi o do salário médio por hora, que é uma medida acompanhada pelo Fed como um indicador da inflação, e que subiu 2,9% na comparação anual de agosto, acima das previsões de 2,8%.
"Poderíamos ver alguns nervos à flor da pele nos mercados nos próximos tempos. Se a inflação está subindo demais, em vez de o Fed parar de elevar os juros, pode ser necessário apertar mais", afirmou a estrategista-chefe de mercados globais da Invesco, Kristina Hooper, observando que, no início deste ano, na última vez em que os salários cresceram a um ritmo mais elevado, os mercados acionários sofreram uma turbulência.
Mesmo com os dados robustos do mercado de trabalho e o temor com as ações do Fed, os investidores viram possibilidade de pechincha e compraram ações de techs, que recuaram nos últimos dois dias. No entanto, o presidente Donald Trump sinalizou que pretende ir ainda mais além na investida tarifária contra a China. De acordo com ele, as tarifas de 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses podem ser lançadas em breve. Além disso, o presidente americano ameaçou impor barreiras adicionais sobre US$ 267 bilhões em bens do país asiático.
"Se você está olhando para a escalada da guerra comercial, espere que as ações de tecnologia sejam mais prejudicadas por causa dos problemas de fornecimento da China", afirmou o diretor-gerente de ações da Stifel, Justin Wiggs, em nota a clientes.
Não por acaso, as techs devolveram os ganhos, com a Apple em baixa de 0,81% e a Intel com perda de 1,71%. O setor industrial também foi afetado, com as ações da Boeing em queda de 0,57% e as da Caterpillar com recuo de 0,18%. 
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