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Inovação

- Publicada em 03 de Setembro de 2018 às 01:00

Simulador substitui corpos em cursos de medicina

Alunos têm a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais

Alunos têm a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais


/CSANMEK/DIVULGAÇÃO/JC
Uma plataforma de simulação cirúrgica e dissecação virtual, desenvolvida pela startup brasileira Csanmek, está permitindo a substituição de cadáveres usados em aula pelos estudantes de Medicina e Veterinária.
Uma plataforma de simulação cirúrgica e dissecação virtual, desenvolvida pela startup brasileira Csanmek, está permitindo a substituição de cadáveres usados em aula pelos estudantes de Medicina e Veterinária.
Em uma mesa, são exibidos modelos tridimensionais com grande detalhamento de todos os sistemas do corpo humano. Além disso, é capaz de converter tomografias e ressonâncias magnéticas em clones virtuais (3D), com acesso total e irrestrito à anatomia real. Os alunos, assim, vivenciam a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais de pacientes. 
O sistema também utiliza linhas de atlas anatômicos e fisiológicos, com mais de 5 mil estruturas anatômicas identificadas, incluindo todos os órgãos e sistemas do corpo masculino e feminino, e pode ser usada em cursos de Medicina, Veterinária e demais áreas da saúde.
O fundador da Csanmek, Claudio Santana, comenta que, apesar de ser um equipamento para educação, a plataforma 3D também é utilizada por médicos e profissionais da saúde no dia a dia, para melhorar o aprendizado e a compreensão das estruturas anatômicas reais e modeladas. "Um diferencial gigantesco do nosso produto é a mobilidade, que permite o compartilhamento em várias salas. O sistema diagnóstico remoto permite que alunos e médicos acessem os casos pela mesa", relata.
Outra aplicação é a Medicina Forense, pois a tecnologia permite a reconstrução do corpo da vítima e, a partir disso, a avaliação de sinais de entrada do projétil, e, se a pessoa foi atropelada, consegue até mesmo prever, pela posição dos órgãos, a cinemática do acidente. O valor do equipamento pode variar entre R$ 200 mil e R$ 400 mil - é o único com tecnologia nacional sendo comercializado no País.
O equipamento, que já está sendo utilizado em 50 cursos para treinamento de cirurgias virtuais, agora, vai ganhar o mundo. A Csanmek firmou, recentemente, contratos com faculdades em seis países, e passará a fabricar e comercializar na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, além da América do Sul.
A distribuição na Europa será feita pela linha de montagem inaugurada recentemente em Varsóvia, na Polônia. Nos Estados Unidos, a comercialização é feita pela parceria com a companhia norte-americana Syndaver Labs. Nos mercados asiáticos, o equipamento é distribuído pela chinesa Beijing General Boom. 

Feevale lança desafios com premiações de R$ 160 mil

Foram lançados os dois primeiros desafios da Universidade Feevale para o seu Programa de Inovação Aberta, que tem como objetivo estimular o surgimento de startups e spin-offs. A ideia é incentivar a comunidade acadêmica e a sociedade a criarem a sinergia necessária para o desenvolvimento de projetos voltados a soluções inteligentes para problemas reais da instituição e de empresas instaladas no Feevale Techpark.
Um deles é o Plataforma Onn, que busca parceiros que tenham potencial para o desenvolvimento de uma ferramenta capaz de administrar a inovação aberta, desde a concepção de desafios, gerenciamento e avaliação de ideias, até o armazenamento destas. O sistema web servirá para fazer a gestão da inovação aberta.
O outro desafio é o Feevale Create, voltado a pessoas que tenham potencial para constituir uma empresa capaz de criar uma linha de produtos da marca Feevale, com possibilidade de utilização da infraestrutura da universidade. O produto resultante desse desafio deverá ser uma proposta de posicionamento de produtos e o portfólio de produtos a serem desenvolvidos para a marca Feevale, contemplando itens de vestuário, decoração, perfumaria e calçadista, entre outros.
Para a pró-reitora de Ensino da instituição, Angelita Renck Gerhardt, essa é uma forma diferente de envolver a comunidade acadêmica e a sociedade. "Queremos que os nossos acadêmicos pensem de maneira diferente, vivam de forma inovadora", afirma. Outros desafios serão lançados ao longo do tempo, vinculados, inclusive, à formação e agregando horas curriculares. "Nossa intenção é que essa inovação saia da instituição e permeie todas as atividades dos nossos estudantes, para que possamos criar um grande ambiente de inovação na região", conclui.