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Economia

- Publicada em 30 de Agosto de 2018 às 22:23

Fórum debate a inovação na construção civil

Evento no Tecnopuc discutiu sobre as dificuldades de se incorporar novidades no cotidiano das empresas

Evento no Tecnopuc discutiu sobre as dificuldades de se incorporar novidades no cotidiano das empresas


/CLAITON DORNELLES /JC
Carolina Hickmann
O crescimento das ofertas de soluções tecnológicas e inovações na construção civil foi debatido nesta quinta-feira, no primeiro Fórum de Inovação do setor, realizado no Tecnopuc. O evento abordou as dificuldades de um segmento tradicional incorporar as novidades em seu cotidiano, revendo metodologias utilizadas em longa data.
O crescimento das ofertas de soluções tecnológicas e inovações na construção civil foi debatido nesta quinta-feira, no primeiro Fórum de Inovação do setor, realizado no Tecnopuc. O evento abordou as dificuldades de um segmento tradicional incorporar as novidades em seu cotidiano, revendo metodologias utilizadas em longa data.
A construtora Andrade Gutierrez entrou no evento como case de inovação. A crise trazida pela Operação Lava Jato criou a necessidade de uma readequação não só de princípios, mas também de estratégias. "Mudamos em 180 graus, anteriormente éramos ancorados em comando e controle, agora nos voltamos à inovação", relata a diretora de inovação da Andrade Gutierrez, Glaucia da Costa.
Pela experiência da construtora, Glaucia avalia que a dificuldade maior da mudança esteve justamente na gestão de pessoas. Ainda em 2010, relata, algumas iniciativas pontuais de industrialização de processos tradicionais da construção civil trouxeram pontos de inovação à Andrade Gutierrez. A crise de imagem em 2015 trouxe também uma crise financeira, e, assim, com a substituição da diretoria a empresa decidiu tornar a inovação um valor da marca.
A partir disso, foi possível desenvolver um ambiente de trabalho mais horizontal, que permitiu, inclusive, melhor relacionamento dos funcionários da empresa com as construtechs que atuam com a construtora. "Startup não é um fornecedor barato, elas só pedem uma boa parceria para escalar adequadamente a sua solução", ponderou Glaucia.
Como contrapartida para o bom relacionamento entre empresas e startups, a diretora indica que os gestores das construtechs também tentem aprender com aqueles que estão posicionados no segmento. "Não adianta chegar na empresa dizendo que nada do que o executivo fez pelos últimos 20 anos funciona e que vai revolucionar a indústria inteira, não é mesmo?", questiona.
Da mesma maneira, a Alphaville Urbanismo se aproxima, cada vez mais, das construtechs. A partir do programa Alpha Inova, realizado com apoio da consultoria Innoscience e da plataforma Startse, a empresa traz as startups do segmento da construção civil para seu ambiente com contratações de serviços. Desde 2017, cerca de 15 empresas escaláveis rodam implementadas ou em modelo piloto nos empreendimentos da marca, segundo a gerente-geral de negócios, Patricia Hulle.
Na mesma linha de pensamento das executivas, o professor Luis Humberto Villwock, um dos fundadores do Tecnopuc, lembra da importância do ambiente físico inovador estar atrelado a uma nova metodologia. "A geração Y quer ter espaço para a criatividade de alguns pufes para deitar, no ambiente organizacional padrão é quase impensável o surgimento de uma ferramenta disruptiva por não haver espaço para pensar fora do programado", avalia.
O Fórum de Inovação na Construção Civil deve acontecer anualmente, discutindo espaços de oportunidades para mentes inovadoras no segmento.
 
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